Descrição de chapéu Governo Trump Venezuela

Trump liga para Guaidó e pede que americanos evitem viajar à Venezuela

Americano defendeu decisão de impor sanções contra o petróleo venezuelano

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Nova York

O presidente Donald Trump ligou nesta quarta-feira (30) para Juan Guaidó, líder da Assembleia Nacional da Venezuela que se declarou presidente encarregado do país, para parabenizá-lo pelo que classificou como uma posse histórica e reiterar o apoio do governo americano à oposição venezuelana.

Em comunicado, a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, disse que Trump “falou hoje com o presidente venezuelano interino, Juan Guaidó, para parabenizá-lo por sua histórica ascensão à Presidência e para reforçar o forte apoio do presidente Trump à luta da Venezuela para recuperar sua democracia”.

Moradores de Caracas passam por mural com desenho de Donald Trump com símbolo nazista
Moradores de Caracas passam por mural com desenho de Donald Trump com símbolo nazista - Juan Barreto/AFP
 

Na ligação, afirmou Sanders, Guaidó ressaltou “a importância dos grandes protestos na Venezuela contra o ex-ditador [Nicolás] Maduro, marcados para acontecer hoje [quarta-feira] e sábado.”

Em uma rede social, o opositor venezuelano agradeceu a ligação de Trump e afirmou que o americano “reiterou seu completo apoio à nossa luta democrática, o compromisso com a ajuda humanitária e o reconhecimento de sua administração à nossa Presidência.”

Também nesta quarta, Trump advertiu os cidadãos americanos contra viajar para a Venezuela em meio à crise política no país.

“Maduro disposto a negociar com a oposição na Venezuela após as sanções dos EUA e o corte de receitas de petróleo. Guaidó se tornou alvo da Suprema Corte venezuelana. Protestos em massa esperados para hoje. Os americanos não deveriam viajar à Venezuela até depois de novas notícias”, escreveu o presidente em uma rede social.

Na segunda-feira, os EUA impuseram novas sanções econômicas à Venezuela, bloqueando US$ 7 bilhões (R$ 26 bilhões) em ativos da PDVSA e estabeleceu que quaisquer pagamentos por petróleo pela estatal venezuelana aos EUA devem ir para uma conta bancária inacessível a Maduro.

O dinheiro só seria liberado quando Guaidó assumisse o poder ou após a realização de novas eleições. A intenção é ajudar o opositor.

Caracas continua sendo um grande fornecedor de petróleo às refinarias dos EUA, embarcando uma média de 580 mil barris por dia de petróleo e derivados ao país, no acumulado do ano até outubro.

A tensão política na Venezuela aumentou no início do ano, quando Maduro assumiu seu novo mandato como presidente. A eleição do ditador não foi reconhecida pela Assembleia Nacional, de maioria opositora, que o classificou como usurpador —EUA, União Europeia e Brasil também não reconhecem Maduro como presidente do país.

Os protestos contra o ditador começaram na segunda passada (21), no mesmo dia em que um grupo de 27 militares se rebelarem contra o regime e acabarem sendo detidos. As maiores manifestações, porém, ocorreram na quarta (23), quando Guaidó se declarou presidente encarregado.

Guaidó prometeu anistia para os militares que ajudarem a derrubar Maduro, mas, até o momento, a cúpula das Forças Armadas se mantém leal ao ditador.

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