Siga a folha

Descrição de chapéu Governo Trump

Ex-funcionária da campanha de Trump acusa presidente de beijá-la sem consentimento

Alva Johnson, 43, também acusa o republicano de discriminação salarial

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Nova York

O presidente americano, Donald Trump, é acusado por uma ex-funcionária que trabalhou na campanha do republicano em 2016 de tentar beijá-la sem consentimento antes de um comício na Flórida, segundo processo a que o jornal The Washington Post teve acesso.

Na ação federal, protocolada nesta segunda (25) na Flórida, Alva Johnson, 43, disse que o republicano pegou sua mão e se inclinou para beijá-la na boca, antes de deixar um veículo no qual estava para participar do comício em Tampa em 24 de agosto de 2016.

Segundo Johnson, ela virou o rosto e o beijo foi parar no canto de sua boca.

O presidente dos EUA, Donald Trump, fala à imprensa na Casa Branca - Jim Young/Reuters

A ex-funcionária também acusa a campanha do republicano de discriminação. Johnson, negra, teria recebido menos que seus colegas homens brancos.

A porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, qualificou as acusações de “absurdas”. “Isso nunca aconteceu e entra em contradição direta com os relatos de muitas testemunhas de credibilidade maior”, afirmou, em comunicado.

Kayleigh McEnany, uma porta-voz da campanha, qualificou as acusações de discriminação como “sem base e infundadas.”

O Post entrevistou uma funcionária da campanha e Pam Bondi, então procuradora-geral da Flórida, duas aliadas de Trump que, segundo Johnson, testemunharam o episódio. Elas negam ter visto o suposto beijo.

Em maio de 2017, em entrevista a uma rádio de Alabama, Johnson descreveu Trump como “mais incrível pessoalmente” do que na televisão. “Ele é o melhor cara...ele trata todo mundo como se fizesse parte da família.”

Johnson também alimentava a esperança de conseguir um posto na embaixada americana em Lisboa. “Eu, em algum momento, irei a Portugal para trabalhar na embaixada”, afirmou.

Hassan Zavareei, um dos advogados de Johnson, disse que, ela estava presa a um acordo de sigilo e disse “o que ela achou que Trump e seus apoiadores queriam”.

Ao Post Johnson disse ter contato ao namorado, à mãe e ao padrasto sobre o suposto beijo no mesmo dia em que ocorreu –os três confirmam.

Um terapeuta com quem Johnson se consultou mostrou ao jornal notas que fazem referência a um evento não especificado durante a campanha que deixou a ex-funcionária perturbada.

O presidente também é acusado por Summer Zervos, ex-participante do reality show “O Aprendiz”, de tê-la beijado à força e a apalpado em 2007.

No processo, Johnson busca reparação por sofrimento e danos provocados por dor emocional.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas