General venezuelano deserta para a Colômbia e critica Maduro
Carlos Rotondaro é desde 2018 alvo de sanções impostas pelo governo dos EUA
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Um general da Venezuela que foi alvo de sanções aplicadas pelos EUA criticou nesta segunda-feira (18) o governo do ditador Nicolás Maduro como "inepto e corrupto", após desertar para a vizinha Colômbia.
Ex-chefe da agência estatal de distribuição de medicamentos para pacientes crônicos, o general do Exército Carlos Rotondaro foi sancionado em 2018 como parte do esforço dos EUA para estrangular o regime Maduro.
"Não sou um traidor. Sou leal à pátria", afirmou Rotondaro em entrevista à TV colombiana NTN24. "Meu juramento [militar] não incluía defender um governo inepto e corrupto."
Rotondaro disse que deixou seu país por uma das passagens ilegais entre Venezuela e Colômbia porque seu passaporte havia sido cancelado.
Desde janeiro, centenas de oficiais venezuelanos desertaram e buscaram refúgio na Colômbia, passando a defender o autodeclarado presidente interino Juan Guaidó. Militares de alta patente são tidos como cruciais para a manutenção de Maduro no poder em meio ao colapso econômico e humanitário do país.
"A população está clamando por uma mudança por meio de eleições livres e justas", afirmou Rotondaro, acrescentando que reconhecia a liderança de Guaidó.
O Instituto de Previdência Social da Venezuela por vários anos importou e distribuiu medicamentos gratuitamente para doenças como câncer. Mas contraiu dívidas imensas com empresas farmacêuticas e deixou de distribuir remédios, deixando milhões em tratamento para doenças crônicas.
Maduro diz que seu país é vítima de uma "guerra econômica" liderada pela oposição com apoio dos EUA.
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