Jornalista americano é preso por membros do serviço de inteligência da Venezuela
Segundo imprensa local, Cody Weddle foi levado a aeroporto de Caracas no início da noite
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O jornalista norte-americano Cody Weddle, colaborador de veículos como Miami Herald e The Telegraph, e seu ajudante venezuelano, Carlos Camacho, foram presos nesta quarta-feira (6) em Caracas por membros do serviço de inteligência da Venezuela, de acordo com o Sindicato Nacional dos Jornalistas (SNTP). Os equipamentos dos profissionais também foram confiscados.
Weddle, 28, mora há quatro anos em Caracas e vinha reportando sobre as crescentes tensões entre o regime do ditador Nicolás Maduro e seu principal opositor, o autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó.
"Sabemos que na parte da manhã a direção de Contra-inteligência Militar chegou a sua residência para realizar buscas e o questionou sobre a cobertura que fez [em 23 de fevereiro] na fronteira", informou o diretor da ONG Espaço Público, Carlos Correa.
A imprensa local informou que Weddle foi solto no início da noite de quarta e levado para o aeroporto de Caracas —supostamente para ser extraditado.
A fracassada tentativa de fazer entrar ajuda humanitária internacional na Venezuela em 23 de fevereiro resultou em intensos distúrbios nas fronteiras do país com Colômbia e Brasil. Sete pessoas morreram e outras 300 ficaram feridas.
A secretária-adjunta para Assuntos do Hemisfério Ocidental dos Estados Unidos, Kimberly Breier, publicou em uma rede social na quarta (6) que o Departamento de Estado americano "está ciente e profundamente preocupado" com a situação. "Ser jornalista não é um crime. Exigimos a soltura imediata do jornalista, ileso", completou.
De acordo com o jornal Miami Herald, a última reportagem do jornalista foi sobre o retorno de Juan Guaidó à Venezuela na segunda (4), feita para o canal de TV WPLG, da Flórida. Nas redes sociais do americano, já há comentários de apoiadores, que se mostram preocupados com a prisão.
A ONG Espaço Público, baseada em Caracas, que promove a defesa dos direitos humanos e o acesso à informação, registrou 49 detenções de jornalistas em janeiro e fevereiro. Sete profissionais foram deportados. Recentemente, o âncora do canal Univision, Jorge Ramos, e sua equipe foram detidos por várias horas no palácio presidencial da Venezuela e em seguida deportados.
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