Presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, recebe diagnóstico de câncer
Com mandato previsto até março de 2020, Vázquez não mencionou continuidade no governo
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O presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, 79, teve diagnosticado um tumor maligno nos pulmões. A informação foi confirmada por seu médico nesta sexta-feira (23).
Na última terça-feira (20), Vázquez havia anunciado que um nódulo pulmonar possivelmente maligno havia sido localizado. A notícia chega em meio à campanha presidencial.
Vázquez, no entanto, não fez qualquer menção à sua continuidade no governo. "A partir de agora, neste tema eu passo a ser paciente", limitou-se a dizer. O mandato do presidente vai até março de 2020.
De acordo com seu médico, Mauricio Cuello, o presidente uruguaio se encontra em excelente estado. O tratamento do câncer dependerá de resultados de exames que serão disponibilizados nos próximos dias.
Vázquez governa o Uruguai pela segunda vez, após ser eleito em 2015.
Oncologista de formação, Vázquez é reconhecido por sua campanha antitabagista. Em 2006, ao proibir o fumo em espaços públicos fechados, o presidente fez do Uruguai o primeiro país da América Latina livre do tabaco.
Aumento de impostos sobre o cigarro e a veiculação de alertas em maços foram outras de suas políticas para o combate ao tabagismo.
Em 2016, venceu uma disputa contra a multinacional Philip Morris aberta no Centro Internacional para a Arbitragem de Disputas sobre Investimentos (Ciadi).
Na época, a empresa alegou que a exigência de que 80% do produto fosse coberto com alertas dos danos do cigarro à saúde, imposta por Vázquez, descumpria um tratado bilateral de investimento com a Suíça.
O diagnóstico de Tabaré Vázquez acontece um mês após sua mulher, María Auxiliadora Delgado, morrer aos 82 anos em função de um infarto do miocárdio.
Erramos: o texto foi alterado
Diferentemente do informado em versão anterior deste texto, Tabaré Vázquez exerce seu segundo mandato como presidente do Uruguai, não o terceiro. Sua primeira eleição ocorreu em 2005, enquanto a segunda se deu em 2015. O texto também informava que este era seu segundo mandato consecutivo, mas no Uruguai não há reeleição para o termo de 5 anos. As informações foram corrigidas.
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