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Centenas retornam às ruas de Hong Kong depois de noite de violência

Reação veio após anúncio de lei de emergência para proibir máscaras em protestos

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Hong Kong

Centenas de manifestantes pró-democracia, muitos usando máscaras, retornaram às ruas de Hong Kong neste sábado (5) depois de uma noite de caos em que um adolescente foi atingido pela polícia. 

Além disso, o sistema de metrô permaneceu fechado durante o sábado, e lojas e mercados encerraram mais cedo suas atividades.

A reação veio depois do anúncio feito pela chefe-executiva do território, Carrie Lam, nesta sexta-feira (4), de uma lei de emergência para proibir o uso de máscaras em protestos, utilizadas por manifestantes para esconder suas identidades. 

Ativista em Hong Kong cobre o rosto em manifestação depois do anúncio de lei que proíbe máscara em protestos - Philip Fong/AFP

Mesmo assim, muitos ativistas foram vistos no sábado, em diferentes bairros de Hong Kong, circulando com os rostos cobertos. 

“Não sabemos o que vai acontecer, mas sentimos que temos o direito de sair e usar uma máscara”, disse Sue, 22, que usava uma proteção no rosto e óculos escuros. 

Em alguns bairros, pessoas fizeram filas para comprar alimentos em antecipação a futuros confrontos.

Nas horas anteriores, um policial atirou quando seu veículo foi cercado por uma multidão e um coquetel molotov explodiu. 

Um adolescente de 14 anos ficou ferido e está hospitalizado, em condição estável. Segundo a polícia, o agente agiu em legítima defesa. 

Durante a madrugada, manifestantes colocaram fogo na rua, jogaram bombas de gasolina e queimaram bandeiras chinesas.

A polícia usou gás lacrimogêneo para dispersar a multidão em distritos como Causeway Bay, Sha Tin e Wong Tai Sin.

A onda de manifestações em Hong Kong, que já duram quatro meses, começaram devido à proposta de lei de extradição, agora suspensa. Mas demandas dos atos evoluíram para apelos por mais democracia.

Ex-colônia britânica, Hong Kong passou ao domínio chinês em 1997. No entanto, a região possui sistemas políticos e judiciais diferentes do resto da China, num regime chamado de “um país, dois sistemas”.

Os ativistas acusam o governo de Pequim de tentar restringir as liberdades que possuem hoje.

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