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Tufão com vento recorde deixa 35 mortos no Japão

Ao menos 140 pessoas ficaram feridas e nove pessoas continuam desaparecidas

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Kawagoe | AFP

Ao menos 35 pessoas morreram após a passagem do tufão Hagibis pelo Japão, segundo as autoridades do país.

A tempestade, acompanhada de chuvas torrenciais e dos ventos mais fortes dos últimos 60 anos, atingiu o centro e o leste do Japão neste fim de semana, causando transbordamento de rios, inundações e deslizamentos de terra.

Na região de Nagano, no centro, houve inundações significativas em uma área residencial, devido ao rompimento de um dique que fez transbordar as águas do rio Chikuma.  

Transbordamento do rio e inundações na região de Nagano, no Japão - Kyodo News via Xinhua

Na manhã deste domingo (13), bombeiros e soldados realizam operações de resgate e ajudam os civis afetados pelas enchentes. O governo mobilizou 27 mil soldados das Forças de Autodefesa para essas operações. 

A rede pública de televisão NHK registrou de seu helicóptero a extensão dos danos causados pela tempestade. 

Cerca de 7,3 milhões de japoneses receberam a orientação de deixar suas casas após o nível recorde das chuvas; dezenas de milhares de pessoas se refugiaram em ginásios, onde receberam comida, água e cobertores. 

A intensidade "sem precedentes" de chuvas fez com que a Agência Meteorológica do Japão (JMA) emitisse seu nível máximo de alerta de chuvas, reservado para situações de possível catástrofe. 

O tufão atingiu o país no sábado (12), acompanhado por rajadas de vento de até 200 km/h, segundo a JMA.

Mesmo antes de atingir o país, o Hagibis causou uma morte no sábado na região de Chiba (na periferia leste de Tóquio), onde o corpo de um homem foi encontrado morto em um caminhão basculante. 

O saldo aumentou com a passagem da maior parte da tempestade, que deixou mortos na região de Tóquio, no centro e no nordeste do país e feriu ao menos 140 pessoas. 

Um cargueiro com bandeira panamenha foi destruído na noite de sábado na Baía de Tóquio, causando pelo menos uma vítima entre os membros da tripulação. Quatro outros foram resgatados, mas sete continuam desaparecidos.

Mais de 160 mil casas estão sem energia na tarde de domingo, de acordo com a NHK. "O governo fará todo o possível", disse o primeiro-ministro Shinzo Abe. 

O tufão também forçou a modificar a organização de duas competições esportivas realizadas no Japão. 

As sessões classificatórias do Grande Prêmio de Fórmula 1 disputadas em Suzuka foram adiadas, e três partidas da Copa do Mundo de Rúgbi (França-Inglaterra e Nova Zelândia-Itália, marcadas para sábado, e Namíbia-Canadá, no domingo) foram canceladas.

Por outro lado, a partida decisiva entre Escócia e Japão, neste domingo, que corria risco de ser cancelada, será disputada como planejado. 

O tufão também paralisou o transporte na grande região de Tóquio, em um fim de semana prolongado devido a um feriado na segunda-feira (14). 

As ligações aéreas, de trem e de metrô foram suspensas. Há pouco mais de um mês, Tóquio foi atingida pelo tufão Faxai, que teve ventos superiores a 200 km/h e fez uma vítima. 

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