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Líder supremo do Irã critica protestos contra alta de 50% na gasolina

Teerã acusa Washington de interferir no país e restringe acesso à internet no país

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Teerã | AFP

O Irã vive uma onda de protestos contra a alta do preço dos combustíveis. Várias cidades registraram atos nos últimos dias, com estradas bloqueadas e edifícios públicos incendiados.

Os distúrbios deixaram dois mortos, um policial e um civil. Mais de 200 pessoas foram presas, e o governo colocou restrições no acesso à internet. 

As manifestações começaram na sexta-feira (15) em muitas cidades do país, após o anúncio do aumento de pelo menos 50% do preço da gasolina, para os primeiros 60 litros comprados a cada mês, e de 300% para compras adicionais.

Posto de gasolina incendiado por manifestantes durante manifestação contra o aumento dos preços de combustíveis em Eslamshahr, próximo à capital iraniana, Teerã - 17.nov.19/AFP

aitolá Ali Khamenei, líder supremo do país, defendeu a decisão do governo e criticou os manifestantes. "Algumas pessoas estão contrariadas por esta decisão (...) mas danificar e atear fogo não é algo de uma pessoa normal", disse, no domingo (17). 

No mesmo dia, a Casa Branca condenou o Irã pelo uso de força letal contra manifestações. 

"Os Estados Unidos apoiam o povo iraniano em seus protestos pacíficos contra o regime que deve governá-lo", afirmou a porta-voz do governo americano, Stephanie Grisham.

Em resposta, o Irã considerou a postura de Washington como intervencionista e chamou os ativistas de "grupo de amotinados".

O governo iraniano afirmou nesta segunda-feira (18) que, na comparação com domingo, a situação está 80% mais tranquila. 

"Ainda existem alguns problemas menores, mas amanhã ou depois de amanhã não teremos nenhum problema de distúrbios", declarou o porta-voz do governo, Ali Rabii. Não há previsão para a volta do acesso regular à internet. 

Os protestos ocorrem em um cenário de crise econômica no Irã, agravada pela retirada unilateral dos Estados Unidos em 2018 do acordo sobre o programa nuclear iraniano, que provocou o retorno das sanções e gera graves consequências para o país.

A moeda local, o rial, registrou forte desvalorização, a inflação supera 40% e o FMI prevê para este ano uma queda de 9,5% do PIB iraniano.

As autoridades afirmam que a arrecadação com o aumento de impostos visa beneficiar os 60 milhões de iranianos mais desfavorecidos, de uma população total de 83 milhões.

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