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Diretor de emergência de Porto Rico é demitido após descoberta de armazém com suprimentos sem uso

Produtos estavam guardados desde o furacão Maria; Carlos Acevedo nega acusação de uso indevido dos recursos

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São Paulo

A governadora de Porto Rico Wanda Vázquez Garced demitiu o gerente de emergência da ilha Carlos Acevedo, após moradores encontrarem um armazém cheio de suprimentos que não foram distrubuídos, informou a CNN neste domingo (19).

Acredita-se que os produtos encontrados eram armazenados no local desde o furacão Maria, que atingiu a ilha há dois anos e deixou milhares de mortos e desabrigados.

A descoberta ocorre no mesmo mês em que uma série de terremotos atingiram Porto Rico. Escolas, casas e igrejas ao longo da costa sul desmoronaram. Hospitais evacuaram pacientes. 

Acevedo foi demitido no sábado (18). O posto de diretor do Escritório de Gerenciamento de Emergências de Porto Rico foi dado ao major-general José J. Reyes, então ajudante geral da Guarda Nacional de Porto Rico, segundo a CNN.

Militares e voluntários distribuem água e alimentos para os moradores de Isabela atingidos pelo furacão Maria - Lalo de Almeida /Folhapress - 2.dez.2017

Moradores foram vistos abrindo as portas de metal do armazém e pediram que as autoridades distribuíssem os suprimentos ali encontrados. Eles buscavam água engarrafada, alimentos e rádios de emergência, informou a emissora de TV.

Acevedo negou as acusações de uso indevido, dizendo que a agência que comandava distribuía ativamente suprimentos. Ele disse, segundo a CNN, que galões de água foram entregues à população quando o furacão Dorian e o furacão Karen ameaçaram Porto Rico.

Suprimentos também teriam sido distribuídos durante uma seca que afetou Porto Rico ano passado.

"Não houve ordens para apreender ou destruir esses itens a qualquer momento", disse Acevedo em um comunicado.

A governadora da ilha pediu uma investigação do caso ao Secretário de Estado Elmer Roman.

Terremotos

Os terremotos ocorreram apenas alguns meses depois que um escândalo envolvendo o ex-governador Ricardo Rosselló desencadeou protestos e tumultos políticos enormes.

Entre as comunidades atingidas estão algumas que ainda passam por dificuldades mais de dois anos após o catastrófico furacão Maria varrer a ilha. Muitas casas permanecem cobertas por lonas azuis no lugar dos telhados.

As autoridades locais estão preocupadas que a atividade sísmica excepcionalmente forte tenha apanhado o território dos EUA desprevenido. A grande maioria dos prédios das escolas públicas e milhares de residências —sobretudo nas áreas rurais, onde a construção é mais informal —, não seguem os códigos de construção atuais, de acordo com o senador do estado de Porto Rico, Ramon Luis Nieves.

A maior parte dos danos causados pelo terremoto ocorreu na região costeira do sul de Ponce, a oeste dos municípios de Yauco, Guánica, Guayanilla e Lajas.

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