Após indefinições e crise com o Irã, Iraque anuncia novo primeiro-ministro
O ex-ministro de Comunicações, Mohamed Alawi, foi apontado para o cargo
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O presidente do Iraque, Barham Saleh, nomeou neste sábado (1°) o ex-ministro de Comunicações Mohamed Alawi como novo primeiro-ministro, de acordo com a rede estatal de TV do país.
Allawi, que vai governar o Iraque até que novas eleições aconteçam, deve formar um novo governo em um mês.
Ele afirmou que renunciará se partidos políticos tentarem impor nomeações para cargos de seu gabinete e incentivou manifestantes a continuarem protestos até que suas demandas sejam atendidas.
"Sou um funcionário a serviço da sua confiança, então não desistam enquanto não conseguirem o que vocês querem, seja de mim ou de outra pessoa", disse, em uma mensagem postada em uma rede social e transmitida pela rede de TV estatal.
Adel Abdul Mahdi, que ocupou o cargo anteriormente, renunciou em novembro durante protestos antigoverno em que centenas de milhares de iraquianos foram às ruas para pressionar a elite política do país.
Cerca de 500 manifestantes foram mortos desde outubro em confrontos violentos com forças de segurança.
Logo depois do anúncio de Alawi, manifestantes reunidos na capital Bagdá e em cidades ao sul do país demonstraram insatisfação com a escolha do ex-ministro.
"Recusamos Allawi", manifestantes entoavam em um vídeo filmado na praça Tahrir, em Bagdá.
A crise no país se aprofundou no início de janeiro, quando o general iraniano Qassim Suleimani, principal comandante militar do Irã, foi morto por um ataque americano em Bagdá, em uma ação que fez escalar drasticamente a tensão na região.
Antes disso, um funcionário terceirizado do Exército americano havia sido morto após um ataque contra uma base americana próxima a Kirkuk.
Washington culpou a milícia Kataib Hizbullah (também apoiada pelo Irã) e realizou um ataque aéreo em áreas controladas por essa facção no Iraque e na vizinha Síria.
A ação gerou revolta e levou manifestantes e milicianos iraquianos a atacarem a embaixada dos EUA em Bagdá.
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