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Papa pede união, cessar-fogo e alívio de sanções em mensagem de Páscoa

Discurso mais político desde que se tornou pontífice não contou com presença do público

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Cidade do Vaticano | Reuters

O Papa Francisco fez um apelo à solidariedade global no combate à pandemia do coronavírus e suas consequências econômicas no discurso de Páscoa deste domingo (12), o mais político desde que se tornou pontífice, em 2013.

Diante de uma Basílica de São Pedro quase vazia, o líder da Igreja Católica pediu o cessar-fogo de todos os conflitos, o relaxamento das sanções internacionais e o alívio da dívida das nações pobres.

A multidão de dezenas de milhares de pessoas que normalmente acompanha a missa na Praça São Pedro não pode se reunir neste ano por causa do veto a aglomerações.

Papa Francisco durante a missa de Páscoa - Andreas Solato - 12.abr.20/AFP

No discurso "Urbi et Orbi" (para a cidade e o mundo), Francisco condenou a fabricação de armas e disse que a pandemia deve estimular os líderes a finalmente pôr fim a guerras de longa duração, como a da Síria.

Ele também pediu ajuda para migrantes e outras pessoas que sofrem por causa das atuais crises humanitárias.

"Que as sanções internacionais sejam relaxadas, pois dificultam que os países aos quais foram impostas prestem assistência adequada aos seus cidadãos", afirmou.

O papa disse que a mensagem "Páscoa da solidão" deste ano deve ser um "contágio de esperança".

O líder católico também elogiou médicos e enfermeiros que arriscam suas vidas para salvar outras e saudou os que trabalham para manter os serviços essenciais em funcionamento.

Francisco expressou simpatia por aqueles que não podem se despedir de seus entes queridos por causa de restrições, pelos católicos que não foram capazes de receber os sacramentos e por todos que estão preocupados com um futuro incerto.

"Nessas semanas, a vida de milhões de pessoas mudou de repente", disse.

O papa afirmou ainda que é hora de políticos e governos evitarem o egocentrismo e tomarem ações decisivas e coordenadas para ajudar todos os povos a passar por esta crise e eventualmente retomar a vida normal.

"Este não é um momento de indiferença, porque o mundo inteiro está sofrendo e precisa se unir para enfrentar a pandemia."

Francisco se mostrou especialmente preocupado com o futuro da Europa, afirmando ser vital que as rivalidades que existiam antes da Segunda Guerra Mundial "não recuperem a força". "Não é hora de divisão."

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