Coalizão no poder na Polônia chega a acordo e adia eleições presidenciais
Pleito estava marcado para o domingo (10); nova data ainda será anunciada
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O partido governista da Polônia, Lei e Justiça (PiS), e os demais membros de sua coalizão chegaram a um acordo para adiar as eleições presidenciais programadas para domingo (10), afirmou a aliança em comunicado divulgado nesta quarta-feira (6).
O pleito tornou-se objeto de disputa no país, com o PiS insistindo para que a votação fosse realizada conforme programado, apesar da pandemia de coronavírus, e a oposição acusando-a de colocar ganhos políticos à frente da saúde pública.
O PiS está ansioso por votar o mais rapidamente possível, uma vez que as pesquisas de opinião mostram que o atual presidente, Andrzej Duda, sustentado pela coalizão, seria reeleito caso a votação fosse realizada agora.
Discordâncias sobre como lidar com as eleições também ameaçaram desmembrar a aliança governista conservadora, com um grupo minoritário dizendo que se oporia no Parlamento a um plano do PiS de realizar a votação inteiramente via correio.
O Legislativo deve votar no início da quinta-feira (7) a proposta do partido para realizar a votação por correspondência. A sigla argumentou que esse formato permitiria que a eleição fosse segura num momento em que o número de mortes pelo novo coronavírus cresce no país.
Os observadores internacionais e da oposição consideram, no entanto, que mudar as regras eleitorais tão tarde antes da votação levaria a um pleito que não seria livre ou justo.
O anúncio inesperado desta quarta sugere que o desentendimento dentro da coalizão havia sido contornado, mas não ficou claro quando nem como os partidos iriam realizar uma nova eleição.
No comunicado, as legendas afirmaram apenas que tinham a expectativa de que a Suprema Corte anulasse na semana que vem as eleições de domingo, após elas não terem sido realizadas.
"O presidente do Parlamento anunciará uma nova data o quanto antes for possível", disseram.
O PiS precisa do apoio de Duda (que é independente) para avançar ainda mais nas propostas de reforma do Judiciário.
A União Europeia considera que as mudanças violam o estado de Direito e abriu uma investigação na última quarta (29) para determinar se as novas leis são contrárias ao direito europeu.
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