Siga a folha

Coalizão no poder na Polônia chega a acordo e adia eleições presidenciais

Pleito estava marcado para o domingo (10); nova data ainda será anunciada

Assinantes podem enviar 5 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Varsóvia | Reuters

O partido governista da Polônia, Lei e Justiça (PiS), e os demais membros de sua coalizão chegaram a um acordo para adiar as eleições presidenciais programadas para domingo (10), afirmou a aliança em comunicado divulgado nesta quarta-feira (6).

O pleito tornou-se objeto de disputa no país, com o PiS insistindo para que a votação fosse realizada conforme programado, apesar da pandemia de coronavírus, e a oposição acusando-a de colocar ganhos políticos à frente da saúde pública.

O PiS está ansioso por votar o mais rapidamente possível, uma vez que as pesquisas de opinião mostram que o atual presidente, Andrzej Duda, sustentado pela coalizão, seria reeleito caso a votação fosse realizada agora.

Membros do Parlamento polonês participam de sessão vestindo máscaras e respeitando as regras de distanciamento social nesta quarta-feira (6) - Slawomir Kaminski/Agencja Gazeta/Reuters

Discordâncias sobre como lidar com as eleições também ameaçaram desmembrar a aliança governista conservadora, com um grupo minoritário dizendo que se oporia no Parlamento a um plano do PiS de realizar a votação inteiramente via correio.

O Legislativo deve votar no início da quinta-feira (7) a proposta do partido para realizar a votação por correspondência. A sigla argumentou que esse formato permitiria que a eleição fosse segura num momento em que o número de mortes pelo novo coronavírus cresce no país.

Os observadores internacionais e da oposição consideram, no entanto, que mudar as regras eleitorais tão tarde antes da votação levaria a um pleito que não seria livre ou justo.

O anúncio inesperado desta quarta sugere que o desentendimento dentro da coalizão havia sido contornado, mas não ficou claro quando nem como os partidos iriam realizar uma nova eleição.

No comunicado, as legendas afirmaram apenas que tinham a expectativa de que a Suprema Corte anulasse na semana que vem as eleições de domingo, após elas não terem sido realizadas.

"O presidente do Parlamento anunciará uma nova data o quanto antes for possível", disseram.

O PiS precisa do apoio de Duda (que é independente) para avançar ainda mais nas propostas de reforma do Judiciário.

A União Europeia considera que as mudanças violam o estado de Direito e abriu uma investigação na última quarta (29) para determinar se as novas leis são contrárias ao direito europeu.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas