Contra vídeo e autópsia, defesa de policial alega que George Floyd 'se matou'
Advogado argumentará na Justiça que ex-segurança negro morreu de overdose
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O advogado de um dos policiais acusados pelo assassinato de George Floyd, morto após ter tido seu pescoço prensado ao chão por mais de oito minutos, afirmou nesta sexta (21) ao jornal Los Angeles Times que a vítima se suicidou por overdose —e que, por isso, seu cliente é inocente.
"Nenhum desses caras, nem mesmo [Derek] Chauvin, matou ele de verdade", disse Earl Gray, que representa Thomas Lane, um dos quatro agentes envolvidos no caso. "Ele se matou."
Chauvin, que aparece nos vídeos prensando o pescoço de Floyd, responde por homicídio, e Tou Thao, Alexander Kueng e Lane são acusados de serem cúmplices. Os últimos três ex-agentes pagaram fiança e aguardam julgamento em liberdade.
Uma autópsia independente contratada pela família da vítima no início de junho atestou que a causa da morte foi "asfixia mecânica" e que se tratava de um caso de homicídio.
Mas o advogado de defesa afirmou que argumentará no curso do processo que Floyd morreu devido a uma overdose do opióide Fentanyl combinada com uma doença cardíaca pré-existente.
"Vamos provar que meu cliente e os outros agentes estavam fazendo o trabalho deles."
Floyd morreu durante uma abordagem policial depois de ter sido denunciado por suspeita de usar uma nota falsa de US$ 20 (R$ 112) em uma loja de conveniência em Minneapolis.
O episódio foi gravado por pessoas que passavam pelo local e pelas câmeras de segurança de estabelecimentos próximos —nas imagens, Floyd aparece dizendo “não consigo respirar” mais de 20 vezes.
Chauvin já havia sido objeto de 18 inquéritos disciplinares, dos quais 16 foram encerrados sem nenhum tipo de punição.
A morte do homem negro, em 25 de maio, gerou uma onda de protestos antirracismo que se estendeu por mais de 1.200 cidades americanas e 60 países, segundo o jornal USA Today e a agência Reuters.
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