Siga a folha

Comissão da Câmara convida novo chanceler para falar sobre política externa na pandemia

Carlos França substitui Ernesto Araújo, acusado de omissão no combate à Covid

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Brasília

A Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (31) convite para que o chanceler Carlos Alberto França, substituto de Ernesto Araújo, fale sobre diretrizes de política externa na pandemia e na área de Defesa.

França foi confirmado na segunda (29) para a chefia do Itamaraty. O ex-chanceler pediu demissão após pressão da cúpula do Congresso, que o acusava de omissão no combate à pandemia.

O diplomata Carlos França durante seminário em Brasília, em setembro de 2017 - Reprodução

França, 56, ganhou a confiança de Bolsonaro no período em que chefiou o cerimonial do Palácio do Planalto. Posteriormente, comandou a assessoria especial da Presidência. Por se tratar de convite, o novo chanceler não é obrigado a comparecer.

"Considero da maior relevância e urgência a aprovação para que [o chanceler] possa discutir conosco as questões relativas à nossa política externa”, afirmou o presidente da comissão, deputado Aécio Neves (PSDB-MG). Segundo ele, há uma grande expectativa sobre a postura do novo ministro em relação à pandemia e ao papel do Ministério das Relações Exteriores na ampliação do acesso a insumos e vacinas.

“Da mesma forma, é absolutamente necessário para essa comissão que possamos conhecer as diretrizes e as perspectivas da área de Defesa. Uma área essencial à vida nacional e à qual essa comissão pretende dar atenção muito especial", disse. Aécio já tinha manifestado a expectativa de mudanças na política externa do país com a saída de Ernesto, em especial no que diz respeito ao enfrentamento da Covid-19.

O deputado disse ainda esperar que o novo chanceler restabeleça os princípios de respeito, tolerância e equilíbrio que nortearam a política externa brasileira, “sem qualquer alinhamento automático ou preconceitos de ordem ideológica".

A expectativa é a de que França não faça mudanças radicais em relação a Ernesto, mas que adote uma postura mais conciliatória e menos agressiva na política externa. O novo chanceler conta com a bênção do filho 03 do presidente Jair Bolsonaro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), e também do assessor internacional da Presidência, Filipe Martins.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas