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França prende 4 piromaníacos acusados de causar incêndios florestais

País investiga outras 22 pessoas suspeitas de atear fogo a regiões de mata em meio a onda de calor

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Paris | RFI

A França é palco de incêndios florestais —alguns gigantescos— em diversas regiões do país. A maioria deles tem origem acidental, mas alguns focos são iniciados por piromaníacos. Desde junho, 26 pessoas foram detidas para interrogatório, indicou nesta terça-feira (16) o Ministério do Interior francês.

Segundo informações repassadas pelo governo francês à rádio FranceInfo, 22 investigações estão em curso neste momento. Quatro indivíduos foram condenados, entre eles um jovem de 22 anos, que recebeu seu veredicto nesta terça.

Avião despeja água sobre floresta em chamas perto de Vogue, Ardèche, no sul da França - Jean-Philippe Ksiazek - 27.jul.22/AFP

No domingo (14), um homem de 40 anos foi detido ao tentar iniciar dois incêndios em um bosque em Anglet, no sudoeste. O Ministério Público indicou que ele foi internado em um hospital psiquiátrico na segunda (15).

Casos de bombeiros piromaníacos também chocam a França. No final de julho, um bombeiro voluntário de 44 anos reconheceu ter iniciado ao menos oito focos de incêndios na região da Ardèche, sudeste do país. Ele é apontado como o responsável pela destruição de cerca de 1.200 hectares de vegetação na região e pode ser condenado a até 15 anos de prisão.

No mesmo período, um outro bombeiro voluntário da região de Hérault, no sul, confessou à polícia ter iniciado vários incêndios desde 2019 em torno de sua cidade natal, Saint-Jean-de-la-Blaquière.

O homem de 37 anos é casado, pai de duas crianças e ocupa um cargo de tesoureiro encarregado de eventos na prefeitura local. Ele afirma ter iniciado as chamas devido a "uma vida em família estressante", por necessidade de "reconhecimento social" e "adrenalina".

'Eu estava bêbado'

Um rapaz de 22 anos foi condenado a oito meses de prisão, com direito à condicional, nesta terça-feira. Ele admitiu ter provocado um incêndio no dia 12 de agosto em Ardennes, no nordeste do país, alegando que havia consumido álcool e não tinha consciência dos riscos.

"Não tive objetivo nenhum. Eu estava bêbado. Não tinha a intenção de que as chamas se espalhassem", declarou, durante sua audiência.

Segundo os investigadores, o incêndio foi iniciado com fluido para isqueiro na beira de uma estrada, a cerca de 300 metros de residências do município de Châtelet-sur-Retourne, no nordeste do país. O jovem foi detido, inconsciente, no local, depois que a polícia foi alertada por um grupo de adolescentes que tentaram limitar por conta própria a propagação do fogo. Foram necessários três caminhões-tanque e a mobilização de oito bombeiros para extinguir as chamas.

Episódios envolvendo incendiários se tornam cada vez mais comuns na França. Desde junho, o país enfrenta uma onda de incêndios, impulsionados pelas altas temperaturas e uma seca histórica.

Segundo os últimos dados do Sistema Europeu de Informação Sobre Incêndios Florestais, 2022 é pior o ano em quase duas décadas na França. Mais de 62 mil hectares de vegetação foram destruídos pelo fogo desde janeiro.

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