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Atentado na Colômbia mata sete policiais e desafia 'paz total' de Gustavo Petro

Ataque é o maior contra forças de segurança desde que presidente esquerdista assumiu

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Bogotá | AFP e Reuters

Um ataque com explosivos em uma zona rural no sudoeste da Colômbia matou sete policiais nesta sexta-feira (2), informou o presidente do país, Gustavo Petro, numa rede social. Trata-se do mais grave atentado contra forças de segurança desde que ele assumiu o poder, no início do mês passado, com um ambicioso plano de mudar paradigmas no combate à violência.

O político havia inicialmente dado a informação de que seriam oito as vítimas, mas a contagem foi revisada para baixo pelo governo, segundo a agência Reuters. O oitavo agente teria ficado ferido.

Policiais colombianos em vigília na sede da Polícia Metropolitana de Neiva, em homenagem a colegas mortos em ataque - Óscar Murcia - 2.set.22/AFP

A polícia afirma que os agentes morreram quando o veículo em que estavam foi atingido por explosivos em San Luis, no departamento de Huila. O povoado fica a cerca de duas horas de Neiva, capital regional. Segundo uma fonte informou à agência AFP, os agentes teriam caído em uma espécie de emboscada. Três das vítimas tinham 20 anos ou menos.

Petro não nomeou os autores do ataque, mas sabe-se que dissidentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) operam na região. Pouco depois de anunciar o ataque, o presidente se dirigiu com o ministro da Defesa, Iván Velásquez, a Neiva, onde se reuniu com a chefia de polícia local e determinou a instalação de um posto de comando.

Velásquez exortou as Forças Armadas a "responderem com contundência" ao que definiu em um tuíte como ataque à paz. O representante especial da direção da ONU na Colômbia, Carlos Ruiz, também defendeu em comunicado que todos os lados continuem a insistir em esforços pela paz.

Segundo dados do governo, cerca de 2.400 guerrilheiros ligados às Farc rejeitam o acordo de paz negociado por sua antiga liderança em 2016.

O primeiro presidente de esquerda da Colômbia, ele próprio um ex-guerrilheiro associado ao grupo M-19, busca avançar nas tratativas de paz com o Exército de Libertação Nacional (ELN), deixadas de lado em 2019 após um ataque contra uma escola de polícia que deixou 21 mortos e 68 feridos.

Também propõe o que chama de um "cessar-fogo multilateral" com os dissidentes e as quadrilhas de narcotráfico, parte de sua política de "paz total", para dar um fim ao conflito armado que assombra o país sul-americano há quase seis décadas.

Facções das dissidências e alguns narcotraficantes ligados ao poderoso Clã do Golfo demonstraram interesse no cessar-fogo, mas ainda não chegaram a um acordo com o governo.

Para Petro, o atentado de agora é uma clara "tentativa de sabotagem à paz total", como escreveu no Twitter. Ele acrescentou que pediu às autoridades para investigar o caso.

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