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Biden anuncia US$ 60 mi para Porto Rico após furacão Fiona; Ian mata mais de 100

Democrata busca se diferenciar de Donald Trump, criticado por ignorar catástrofes na ilha em seu mandato

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Washington | Reuters

O presidente americano, Joe Biden, anunciou a liberação de mais de US$ 60 milhões (cerca de R$ 311 milhões) para a reconstrução de Porto Rico após a passagem do furacão Fiona. A fala se deu pouco antes de o democrata viajar para a ilha nesta segunda (3), duas semanas após o território americano ser atingido pelo fenômeno natural de categoria 4, a segunda pior de uma escala que vai até 5.

Carros passam debaixo de poste elétrico tombado após a passagem do furacão Fiona por Santa Isabel, em Porto Rico - Ricardo Arduengo - 21.set.22/Reuters

Biden viajou acompanhado da primeira-dama, Jill, e da responsável pelo serviço de resposta emergencial do governo americano, Deanne Criswell. Com a visita, o democrata busca se diferenciar de seu antecessor, o republicano Donald Trump, criticado por residentes da ilha por sua demora em enviar ajuda na época do furacão Maria, em 2017.

Logo depois de chegar, Biden se encontrou com vítimas do furacão. "Viemos aqui em pessoa para mostrar que estamos com vocês. Todos os EUA estão com vocês enquanto vocês se recuperam e reconstroem", afirmou o presidente.

Os fundos para a reconstrução de Porto Rico vêm da Lei de Infraestrutura Bipartidária, e têm como objetivo escorar diques, reforçar barreiras e criar um novo sistema de alerta de inundações para ajudar o território a se preparar melhor para tempestades futuras. Ao menos 25 morreram em decorrência dos estragos causados pelo Fiona na ilha.

Em um evento no sábado (1º), Biden declarou que os EUA "devem a Porto Rico muito mais do que eles já têm".

Na semana passada, sua administração tinha aprovado isenções a regras de remessas americanas para aliviar as necessidades imediatas de energia do território —o furacão deixou a ilha toda sem luz, e mesmo agora, 13 dias depois de sua passagem, 10% dos residentes seguem sem eletricidade, de acordo com o governo americano. Além disso, quase 1 milhão de pessoas ficou sem água corrente temporariamente.

Como um território não incorporado dos EUA, Porto Rico não é um estado do país nem uma nação soberana, e os residentes não têm direito a voto, a menos que se mudem para o continente. O governador de Porto Rico, Pedro Pierluisi, que discursou antes de Biden, afirmou que eles querem ser tratados da mesma maneira que os americanos do continente em épocas de necessidade.

Número de vítimas do furacão Ian passa de 100

No evento de sábado, Biden citou os impactos devastadores da passagem do furacão Ian pela Flórida e pela Carolina do Sul na semana passada. O fenômeno deixou ao menos 103 mortos, e a reconstrução das áreas afetadas é estimada em dezenas de bilhões de dólares.

Espera-se que o número de mortos continue aumentando à medida que as águas das enchentes recuem e as equipes de busca avancem para áreas inicialmente isoladas. Centenas de pessoas já foram resgatadas em meio a casas e prédios inundados ou completamente destruídos.

Autoridades na Flórida, onde já se oficializaram ao menos 99 mortes, têm sido questionadas por talvez exigirem a saída da população tarde demais. Biden deve viajar nesta quarta (5) ao estado, para avaliar pessoalmente os danos de um dos furacões mais destrutivos da história dos EUA, marcado por ventos de até 250 km/h.

"Fizemos ao menos visitas rápidas em quase 45 mil endereços", disse Kevin Guthrie, diretor de gerenciamento de emergências do estado. "Conseguimos vasculhar tudo muito rapidamente. Agora vamos voltar para uma segunda olhada."

Detalhes começam a surgir sobre algumas das vidas perdidas. Muitas das vítimas tinham mais de 60 anos e se afogaram, de acordo com a Comissão de Examinadores Médicos da Flórida. No condado de Lee, um corpo foi encontrado no deque da casa de um vizinho e outro em um carro submerso. Uma mulher de 68 anos se afogou no condado de Volusia ao ser levada por uma onda.

Lee e Charlotte foram as regiões mais impactadas pelo Ian, somando 78 mortes —as demais 21 na Flórida ocorreram em outros nove condados. Cerca de 3,3 milhões de residências e empresas ficaram sem energia durante a tempestade. Nesta segunda, 560 mil continuavam sem luz.

O chefe do Departamento de Polícia, coronel Gene Spaulding, alertou os moradores para que fiquem fora das estradas para facilitar o acesso dos socorristas e equipes de energia. Algumas vias permanecem debaixo d'água.

A Carolina do Norte confirmou quatro mortes até aqui.

Casas alagadas pela passagem do furacão Ian no condado de Lee - WPLG TV via ABC -29.set.22 / via Reuters

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