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Biden diz não acreditar que China tenha enviado armas à Rússia

Declaração foi dada na visita do presidente americano ao Canadá, onde fechou um acordo sobre imigração ilegal

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Belo Horizonte

Nesta sexta-feira (24), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou não acreditar que a China tenha enviado armas à Rússia no decorrer da Guerra da Ucrânia.

A declaração se deu após a visita do líder chinês Xi Jinping à Rússia de Vladimir Putin, entre segunda (20) e quarta-feira (22). Na ocasião, Xi reafirmou sua aliança com o Kremlin, que, por sua vez, voltou a dizer que está aberto para discutir a proposta de paz feita por Pequim.

O presidente dos EUA, Joe Biden, durante entrevista à imprensa em Ottawa, no Canadá - Andrej Ivanov - 24.mar.23/AFP

Biden tratou do assunto em pronunciamento no Canadá, onde está em visita oficial. "Ouvi nos últimos três meses que a China forneceria armas significativas para a Rússia. Eles não o fizeram até agora. Isso não significa que não o farão, mas não o fizeram ainda", ressaltou, dizendo que não considera nem a China nem a Rússia levianamente.

O pronunciamento foi aplaudido no Parlamento canadense, especialmente quando o presidente elogiou o compromisso dos dois países de apoiar a Ucrânia na guerra.

Biden afirmou que tanto EUA quanto Canadá continuarão a enfrentar as ameaças autoritárias, "tanto em casa quanto no exterior", e que estão prontos para defender "cada centímetro do território da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte)".

Essa é a primeira visita do americano ao país governado pelo primeiro-ministro Justin Trudeau. Biden não pôde se deslocar para o país vizinho logo após a posse, como é tradição, em razão da pandemia da Covid-19.

O presidente dos EUA, Joe Biden, e o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, em Ottawa - Blair Gable - 24.mar.23/Reuters

Biden e Trudeau fecharam um acordo para conter a imigração ilegal na fronteira que compartilham.

"Os Estados Unidos e o Canadá trabalharão juntos para desencorajar os cruzamentos ilegais da fronteira", disse Biden no discurso. As nações chegaram a um acerto para fechar a Roxham Road, passagem irregular pela qual cerca de 40 mil imigrantes procedentes dos EUA chegaram a Quebec no ano passado, sem passar pelos pontos oficiais de entrada.

O fechamento dessa via preocupa as ONGs de apoio aos imigrantes. Segundo Julia Sande, da Anistia Internacional, a medida pode levar refugiados a tentar travessias ainda mais perigosas ou empurrá-los para as mãos de traficantes de pessoas.

O Canadá também anunciou estar aberto a receber 15 mil pessoas procedentes da América Latina que solicitaram asilo por meio de canais legais, compromisso elogiado por Biden. A medida aliviaria a pressão na fronteira sul dos Estados Unidos. Em janeiro deste ano, autoridades americanas fizeram mais de 128 mil detenções por tentativas de entrada ilegal através do México.

No campo econômico, os países também anunciaram a intenção de construir um amplo mercado a fim de reduzir a dependência da importação de minerais e semicondutores essenciais.

O Canadá possui abundância de matéria-prima usada para a produção de baterias de painéis solares e veículos elétricos, por exemplo, mas atualmente a China domina o mercado global.

Com AFP e Reuters

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