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Sanders fora

Com desistência de esquerdista, Biden tem missão de unir democratas contra Trump

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O senador americano Bernie Sanders - Mike Segar/Reuters

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Com o processo de escolha do candidato democrata à Presidência dos EUA eclipsado pelo avanço vertiginoso da pandemia de Covid-19 no país, a desistência do senador Bernie Sanders praticamente definiu a disputa interna do partido.

Após um início triunfal, em que as vitórias nos estados de Iowa, New Hampshire e Nevada o colocaram como favorito, Sanders viu a maré começar a virar com a derrota na Carolina do Sul, onde o eleitorado negro votou em peso em seu principal adversário, o ex-vice-presidente Joe Biden.

Essa tendência se consolidou na chamada Super Terça, no começo de março, quando Biden conquistou 10 dos 14 estados em disputa.

Com o resultado, o establishment democrata, antes fragmentado, começou a se aglutinar em torno do vice de Barack Obama, selando o destino de Sanders.

Assim como em 2016, quando perdeu a indicação para Hillary Clinton, o senador pelo estado de Vermont apontou a desigualdade de renda como a principal mazela a ser atacada. Na campanha, propôs a criação de um sistema universal de saúde, a abolição das dívidas estudantis e a gratuidade das universidades públicas.

Para custear esse dispendioso programa, defendia medidas ousadas, porém um tanto vagas, que incluíam o aumento de impostos sobre os estratos mais ricos e maior regulação do sistema financeiro.

A despeito da decisão de abandonar a corrida democrata, Sanders se mostra determinado a fazer suas ideias sobreviverem. Para isso, afirmou que pretende manter seu nome na cédula e seguir angariando delegados nas primárias a serem realizadas, numa estratégia que visa a influenciar a plataforma presidencial do partido.

É provável que tenha algum êxito. Um dia depois do anúncio de Sanders, Biden, cuja candidatura ainda precisa ser formalizada pelos democratas, defendeu reduzir a idade de elegibilidade para o Medicare, programa de assistência de saúde de idosos, e o perdão da dívida de estudantes de famílias de renda baixa e média.

Busca, dessa maneira, começar a atrair o eleitorado mais jovem, que forma a base dos apoiadores de Sanders, e as alas mais à esquerda do Partido Democrata.

O sucesso dessa empreitada, bem como os efeitos da pandemia sobre a economia americana e a popularidade do presidente Donald Trump, serão fatores determinantes da eleição de 3 de novembro.

editoriais@grupofolha.com.br

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