Em 2017, uma grande tragédia aconteceu em Manchester, na Inglaterra, quando um atentado matou 22 pessoas que estavam em um show da cantora Ariana Grande. Os moradores de Manchester resolveram, então, se reunir para celebrar um minuto de silêncio. Foi quando uma mulher começou a cantar uma música da banda Oasis; logo, foi seguida por todos os participantes. O refrão da música é: "Não olhe para trás com raiva".

Em vez da ira, a população adotou essa música, que acabou virando o hino em memória aos mortos do episódio. A raiva não iria render nenhuma ação positiva, e os culpados seriam punidos. Isso demonstra que não é necessária a ira coletiva para lidar com a situação.

Neste domingo (2) de votação, em que não sabemos se teremos segundo turno ou se a eleição se encerrará, nós, brasileiros, podemos nos inspirar na população de Manchester e não olhar para trás com raiva. Mesmo que a disputa pela Presidência da República se prorrogue até o final de outubro, precisamos nos concentrar nas necessidades urgentes do povo brasileiro e fazer escolher, cada um conforme sua vontade, mas sem rancor.

Precisamos unificar o país, seja qual for o resultado da eleição. Ao invés de olhar para trás, procurando punições e críticas que não irão levar a nenhum lugar, é necessário olhar para a frente, pensar em unificar o nosso país dividido e buscar causas conjuntas que unam —e que são muitas e urgentes.

Precisamos entrar em 2023 sem um país dividido. Seja qual for o resultado, não olhe para trás com raiva.

_{TENDÊNCIAS / DEBATES
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