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Em 28 anos de PSDB, gestão do ensino paulista não fez jus aos recursos do estado

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Alunos do ensino médio em escola estadual de São Paulo (SP) - Zanone Fraissat/Folhapress

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Ancorar o debate nacional sobre educação em estatísticas pedagógicas e gerenciais constitui um dos legados de governos do PSDB, iniciado com Fernando Henrique Cardoso. Em São Paulo, os dados mostram que os tucanos não foram capazes de fazer o ensino oficial alçar o voo desejado.

O partido esteve no comando do estado mais rico da Federação por 28 anos. No período, os números delineiam um desempenho insatisfatório. Nessas quase três décadas, os paulistas não lograram alcançar as metas fixadas para o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), por exemplo.

Basta mencionar o ensino médio, responsabilidade estadual: o objetivo era nota 5,1 no Ideb, mas ficou em 4,4. Meros 7% dos estudantes completam esse nível com conhecimento adequado de matemática, segundo a avaliação pelo Saeb.

Houve, decerto, avanços dignos de nota, como o maior percentual de jovens de 19 anos com ensino médio concluído (86,5%). A média nacional fica em 69,4%. A recente ampliação do ensino integral constitui política promissora.

Note-se que a clientela encolheu à metade, por força da municipalização do ensino fundamental e da redução paulatina de contingentes jovens —um bônus demográfico para a gestão. Eram 6,5 milhões de alunos na rede estadual em 1995, no governo Mário Covas; hoje, são 3,3 milhões.

Verdade que as gestões peessedebistas sempre enfrentaram resistência corporativista. Entidades sindicais, Apeoesp à frente, combatiam com afinco inovações como conteúdos mínimos e monitoramento de desempenho.

Exigir bons salários e condições de trabalho é a função de sindicalistas, mas que não pode se sobrepor à obrigação de educar. Nem sempre foi essa a prioridade, como nas prolongadas greves e na renitente defesa das faltas abonadas.

Nada disso apaga, entretanto, a lentidão da melhora da educação paulista no período tucano. São Paulo chegou a ser ultrapassado, em algumas estatísticas, por congêneres menores e de arrecadação tributária inferior, como Ceará, Espírito Santo e Goiás.

Para o novo governo, eleito com a bandeira da eficiência gerencial, recomenda-se não reinventar a roda: sua missão é implantar a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e a complexa reforma do ensino médio, bem como aproveitar as experiências exitosas de outras redes de ensino.

editoriais@grupofolha.com

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