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Cleo Guimarães

Parem de reclamar da bicicleta elétrica

Estamos falando de um meio de transporte não poluente, econômico e, para mim, fonte enorme de prazer

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É difícil compreender por que tanta gente implica com as bicicletas elétricas no Rio de Janeiro —a ponto de o prefeito Eduardo Paes precisar vetar, há alguns meses, um projeto que proibia sua circulação nas ciclovias da cidade. Fez bem. Proibir bicicleta em ciclovia não parece sem sentido?

O Rio segue a regulamentação do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que autoriza a sua utilização nessas vias, desde que a bike não ultrapasse um certo tamanho e velocidade (32km/h).

Paes teve bom senso. Estamos falando de um meio de transporte não poluente, econômico e, para mim, fonte enorme de prazer. Numa cidade com 480 km de malha cicloviária e paisagens embasbacantes, não faz sentido ver gente fazendo cara de desaprovação quando buzino para algum desatento à minha frente.

RHomem anda com bicicleta elétrica na ciclovia da praia de Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro. - Eduardo Anizelli/Folhapress

É triste constatar que quem anda de bicicleta elétrica é quase um pária no Rio: se pedalar pela rua (na mão dos carros, pelo canto, tudo bonitinho), motoqueiros se irritam e às vezes tiram fino, só para assustar. Na ciclovia é essa pegação no pé desnecessária. E na calçada… bem aí, o couro come.

Relatos de acidentes com pedestres são constantes. Há, é verdade, desrespeito por parte de alguns ciclistas, que andam tresloucados junto aos prédios. Minha mãe já berrou com o Gabeira, quando ele passou pertinho, pedalando, nem muito rápido, em Ipanema. O fato é que rola um certo pânico entre os cariocas com as bicicletas (principalmente as elétricas).

É preciso que as pessoas entendam: há momentos em que é necessário fazer trechos curtos pela calçada, como na hora de entrar em casa. Não há como levantar voo da rua até a garagem. Eu levei um esculacho de uma famosa cantora da MPB por causa disso. Ela morava no prédio colado ao meu e passei ao seu lado, de bike elétrica. A mulher levou um susto. Deu um piti, me xingou horrores. Logo ela, que não se dava ao trabalho nem de recolher o cocô que seu cachorro fazia na rua.

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