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O que a Folha pensa Rússia

Um jogo perigoso

Choques entre Otan, Rússia e China nos ares são problema para a segurança global

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Caças filandês, romeno e britânico sobrevoam base aérea militar, em Constanta (Romênia) - Geroge Calin - 11.jun.24/Inquam Photos via Reuters

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Ao longo de 2023, a Organização do Tratado do Atlântico Norte despachou caças para interceptar aviões russos que se aproximavam do espaço aéreo de seus membros cerca de 300 vezes. Os números do lado contrário não são muito diferentes, apenas mais sigilosos.

Tais entrechoques acontecem em todas as linhas de atrito entre potências, envolvendo de um lado os Estados Unidos e seus aliados, e do outro, russos e chineses. Os encontros se dão sobre mares como o Báltico, o Negro, o do Sul da China, no estreito de Taiwan, águas árticas e mesmo a Síria.

As ocorrências soam banais por envolverem testes de prontidão: os adversários querem saber o quão rápido o inimigo pode reagir a uma tentativa de intrusão. No ambiente carregado da geopolítica atual, no qual pisca como alarme a agora duradoura Guerra da Ucrânia, são também muito perigosas.

Só na semana que passou, os russos enviaram caças para interceptar dois bombardeiros B-52 americanos perto de suas fronteiras após uma inédita missão sobre a Finlândia, país que ingressou na aliança militar ocidental no ano passado.

Os aviões, que mesmo sem carregar armas nucleares simbolizam a capacidade americana de dispará-las perto das fronteiras russas, vão operar nas próximas semanas na Romênia, a partir de uma base a 110 km da Ucrânia conflagrada.

Em resposta, Moscou bombardeou posições da Ucrânia junto à Romênia com drones, alguns dos quais acabaram em território do país vizinho, que integra a Otan. No mesmo dia, interceptou um avião-espião de Londres no mar Negro.

Ato contínuo, Rússia e China realizaram uma patrulha com bombardeiros igualmente capazes de lançar ataques nucleares perto do Alasca, chamando a interceptação de caças americanos e canadenses.


Já houve acidentes no passado: um caça chinês caiu após colidir com um avião americano e uma aeronave russa derrubou um drone dos EUA no mesmo mar Negro.

Desnecessário dizer que, em um mundo desregulado com o colapso da ordem que pôs fim à Guerra Fria e com tensões em alta, basta um erro de cálculo no ar para colocar em marcha a insensatez.

editoriais@grupofolha.com.br

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