De lados opostos na eleição, governador e prefeito de SP selam pacto de colaboração
Márcio França e Bruno Covas se encontraram nesta quarta-feira (11) no Palácio dos Bandeirantes
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O novo governador de São Paulo, Márcio França (PSB), e o novo prefeito da capital, Bruno Covas (PSDB), tiveram nesta quarta-feira (11) o primeiro encontro desde que assumiram os cargos, na sexta-feira (6).
Em campos opostos na pré-campanha para o Palácio dos Bandeirantes —França tentará a reeleição e Covas apoia o ex-prefeito João Doria (PSDB)—, os dois anunciaram que as questões eleitorais ficarão de fora da relação entre o governo e a prefeitura.
Eles fizeram juntos um vídeo para as redes sociais, publicado pelo palácio. Na gravação, no gabinete do governador, França disse que o tucano "é um querido de muitos anos".
"Nós reafirmamos o compromisso de colocar o estado de São Paulo e a Prefeitura de São Paulo a serviço da população, que é o mais importante para todos nós", afirmou o governador.
Covas disse que "a questão eleitoral não vai contaminar o dia a dia da Prefeitura de São Paulo e não vai contaminar o dia a dia do governo do estado nesta relação que é fundamental para melhorar a qualidade de vida da população".
França encerrou o vídeo apertando a mão de Covas e dizendo: "Boa sorte para nós dois".
O discurso é o de que será mantido o relacionamento institucional. Até a semana passada, o governo do estado era comandado pelo também tucano Geraldo Alckmin, que renunciou para concorrer à Presidência da República. Covas, então vice, herdou a cadeira de prefeito com a saída de Doria para disputar a sucessão estadual.
Segundo representantes das duas partes, a conversa girou em torno da continuidade de projetos conjuntos do estado com o município. O acordo selado entre ambos prevê que seja mantida a colaboração nas ações já em andamento.
O encontro não estava previsto na agenda pública do prefeito e foi marcado na última hora. Covas havia convidado França para ir à prefeitura na segunda-feira (9), em seu primeiro pronunciamento oficial no cargo. O governador avisou que não poderia ir, mas os dois ficaram de se falar.
Com a ausência do socialista no evento, conforme informou o Painel, Doria ocupou lugar de destaque no palco, perto de seu sucessor.
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