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Desvios serão repudiados, diz comandante do Exército diante de Moraes

Declaração é dada em discurso na cerimônia de comemoração do Dia do Soldado, ao lado também de Alckmin

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Brasília

O comandante do Exército, general Tomás Paiva, afirmou nesta sexta-feira (25) que desvios cometidos por militares serão repudiados. A declaração foi dada em discurso na cerimônia de comemoração do Dia do Soldado.

O evento contou com a presença do vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), e do ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e que é relator no STF (Supremo Tribunal Federal) de investigações que atingem militares próximos ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Comandante Tomás Ribeiro Paiva durante audiência na Câmara dos Deputados - Pedro Ladeira - 17 mai. 2023/Folhapress

O general também afirmou que as Forças Armadas conquistaram respeito devido ao cumprimento da Constituição. "Esse comportamento coletivo não se coaduna com eventuais desvios de conduta, que são repudiados e corrigidos, a exemplo do que fez Caxias, o forjador do caráter militar brasileiro", disse.

Todas as investidas contra o sistema eleitoral no governo Bolsonaro tiveram alguma participação de integrantes da ativa ou reserva das Forças Armadas. A constatação, como mostrou a Folha, é possível ao analisar capítulo a capítulo da escalada de ataque às urnas patrocinada pelo ex-presidente.

Paiva discursou na manhã desta sexta-feira por ocasião da cerimônia do Dia do Soldado, realizada no Quartel-General do Exército, em Brasília. O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, também participou do evento.

A chefe de gabinete de Moraes, Cristina Kusahara, foi condecorada com a medalha do Exército Brasileiro.

Alckmin esteve presente como presidente interino, devido à viagem do presidente Lula (PT) ao continente africano. Após participar da cúpula dos Brics na África do Sul, o mandatário cumpre agendas nesta sexta-feira em Angola.

Outras autoridades como Jorge Messias (advogado-geral da União), Juscelino Filho (ministro das Comunicações), o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, o procurador-geral da República, Augusto Aras, o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), ex-vice-presidente de Bolsonaro, também estiveram presentes.

A fala de Tomás Paiva acontece no momento em que o Exército e as Forças Armadas, em geral, se encontram no centro de um turbilhão pelo envolvimento das cúpulas militares no governo Bolsonaro.

Também acontecem em meio ao avanço das investigações relacionadas aos atos golpistas do dia 8 de janeiro e das suspeitas de irregularidades envolvendo o ex-presidente e seus auxiliares, em particular o tenente-coronel Mauro Cid.

Nos bastidores do Exército, como mostrou a Folha, é considerado certo que Cid "vai para o barro". A gíria da caserna, usada por um oficial que comentou a situação, é sinônimo de que um militar será punido.

No caso do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, a aposta é que ele será excluído da corporação e perderá sua patente caso condenado na Justiça comum –hipótese também considerada muito provável diante dos fatos já revelados nas investigações em que Cid está envolvido.

Cid está preso há três meses e meio num batalhão da Polícia do Exército em Brasília sob suspeita de ter falsificado cartões de vacinação de Bolsonaro e familiares e é investigado em outros casos, como o do vazamento de dados sigilosos sobre a urna eletrônica e os ataques golpistas do 8 de janeiro.

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