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Em meio a embate legal, Google lança na Austrália plataforma que remunera produtores de notícias

Empresa ameaça deixar país se for aprovada lei que obriga a remuneração por conteúdo

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Canberra (Austrália) | Reuters

O Google lançou na sexta-feira (5), na Austrália, sua plataforma de publicação de notícias pelas quais paga a empresas de jornalismo.

Com a iniciativa, o gigante da tecnologia visa mostrar que é desnecessária lei proposta pelo governo australiano que obriga a remuneração pela publicação de conteúdo noticioso. O Google ameaça desativar sua ferramenta de buscas no país se a legislação, a primeira do gênero no mundo, avançar.

O Google News Showcase já havia sido lançado, em junho, na Alemanha e no Brasil —onde se chama Destaques. A Folha, entre outros jornais e sites, está na plataforma.

Sete publicações australianas, incluindo o Canberra Times, da capital, serão remuneradas pelo licenciamento das notícias. O Google anunciou que pretende fechar acordos com mais produtores de conteúdo.

Smartphone com logo do Google à frente de bandeira da Austrália - Dado Ruvic - 22.jan.21/Reuters

“É uma alternativa ao modelo proposto pelo governo australiano”, disse Derek Wilding, professor do Centro de Transição de Mídia da Universidade de Tecnologia de Sydney.

“É preciso ver se as editoras maiores vão aderir.”

De acordo com a lei proposta por Canberra, o Google e o Facebook teriam de pagar às editoras e às emissoras australianas pelo conteúdo incluído nos resultados de busca ou feeds de notícias. Se eles não conseguissem fechar um acordo com os editores, um árbitro nomeado pelo governo decidiria o preço.

Embora a posição do Google sobre a possibilidade de deixar o país permaneça —o que foi chamado de “coerção” pelo governo—, o ministro da Finanças, Josh Frydenberg, disse que a abordagem da empresa tem sido construtiva nos últimos dias.

A iniciativa australiana de tornar mandatória a remuneração por conteúdo jornalístico ocorre um cenário em que os meios de comunicação se veem prejudicados por uma economia digital na qual as grandes empresas de tecnologia, principalmente o Google e o Facebook, monopolizam as receitas publicitárias.

No mês passado, o Google e editores franceses chegaram a um acordo que abre caminho para a remuneração pela publicação de notícias.

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