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Ambiência - Ana Carolina Amaral
Ana Carolina Amaral

Marina apoia Haddad em SP e liga ascensão de Bolsonaro à falta de alternância de poder

Sociedade não foi ouvida em 2010, 2013, 2014 e o que aflorou foi o pior do pior, diz Marina

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Marina Silva confirmou seu apoio à candidatura do petista Fernando Haddad ao governo estadual em São Paulo. "A Rede decidiu por unanimidade apoiar Haddad e isso inclui meu voto", disse ao blog a ex-ministra do Meio Ambiente.

O apoio foi decidido há duas semanas pelo partido e será formalizado na manhã deste sábado, quando a Rede Sustentabilidade entrega ao candidato suas diretrizes programáticas. "Elas são as bases de sustentação desse apoio", diz Marina.

Questionada sobre um eventual convite para compor a chapa de Haddad, Marina diz que isso está sendo discutido apenas pela imprensa, enquanto o partido prioriza um retorno ao parlamento. "É uma deliberação do partido e eu estou afunilando minha decisão; não está 100% tomada".

"Há necessidade de fortalecer uma bancada comprometida com a educação, saúde, meio ambiente, Amazônia, direitos humanos, enfim, a constituição pós-guerra do Brasil que Bolsonaro faz contra tudo e contra todos", diz.

"Concordo com o que Haddad falou na Roda Viva: fundamental agora é aprofundar o diálogo com o PSB para ver se o campo democrático popular sai unido aqui em São Paulo e a Rede se esforça no sentido de que tenha o melhor desfecho para isso", ela afirma.

Já no plano federal – para o qual a Rede liberou o apoio da militância às candidaturas de Lula ou Ciro – Marina mantém a posição de que está aberta a conversar com Lula. "As divergências são de natureza política. Na democracia a gente conversa, mesmo numa situação como a que está posta hoje de ameaça à democracia", diz.

Questionada se sua candidatura à Presidência nos pleitos anteriores propunha a terceira via, hoje em dificuldade de se viabilizar, Marina afirma que os 19 milhões de votos em 2010 e 22 milhões em 2014 sinalizaram uma alternativa à polarização e uma via de alternância de poder.

"A sociedade sinalizou por três vezes: em 2010, 2014 e em 2013 com as manifestações. Quando você consegue tirar três camadas que dizem: ‘olha, por favor, façam mudanças, é por aqui no campo democrático, a alternância de poder é parte da democracia’ e isso não é ouvido, retirada as três camadas, o que aflorou foi o pior do pior que estava recalcado. Aflorou o desmonte das políticas públicas, isso que a gente está vendo, que está posto", avalia.

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