Patron, um pequeno cão farejador que ficou conhecido por sua atuação na guerra, foi homenageado com uma medalha, no domingo (8).
A cerimônia para o reconhecimento de seu trabalho desde a invasão da Rússia contou com presença do presidente Volodimir Zelenski e do premiê do Canadá, Justin Trudeau, que fez uma visita ao país.
Segundo o governo ucraniano, o jack russell detectou mais de 200 explosivos desde 24 de fevereiro. Com isso, impediu detonações que fariam mais vítimas.
O major do Serviço de Proteção Civil Myhailo Iliev, responsável por Patron, também foi homenageado.
Em comunicado após a cerimônia, Zelenski disse que queria premiar os heróis ucranianos. E, segundo a agência Reuters, afirmou que o pequeno Patron ajuda não só a neutralizar explosivos, mas a ensinar às crianças as regras de segurança necessárias em áreas onde há ameaça de minas.
Uma página dedicada a Patron nas redes sociais mostra o cachorrinho em momentos de trabalho e também fora dele.
Há fotos de Patron no dia a dia, dormindo preguiçosamente ou com um brinquedo na boca, além de imagens do jack russell ao lado de explosivos.
Patron tem dois anos e integra um esquadrão antibomba na cidade de Chernihiv. Em rede social, o Serviço de Emergência da Ucrânia escreveu que ele é a alma da equipe.
Segundo a publicação, cãozinho está sempre ao lado dos colegas humanos e adora queijo —e sempre ganha sua recompensa. Em março, ao relatar o empenho do peludo em suas missões e reconhecer sua bravura, o Centro de Comunicação Estratégica e Segurança da Informação do país afirmou: um dia a história de Patron será transformada em filme, mas, por enquanto, ele continua com seus deveres profissionais.
Na mesma época, um vídeo publicado mostra o cãozinho em ação. Na sequência de imagens é possível ver ele sendo vestido com um colete especial, entrando no carro e pulando no colo de integrante da equipe e farejando em meio a destroços.
Patron —que em ucraniano significa cartucho— busca e ajuda a desarmar artefatos ou que, muitas vezes, são dez dez vezes maiores do que seu tamanho e representam risco tanto para os combatentes como para civis.
Tratado como um herói, o cachorro tem sido retratado nas redes e já ganhou agradecimento pelo "trabalho incansável".
A guerra continua fazendo vítimas e deslocando moradores. Países vizinhos que recebem refugiados flexibilizaram regras para aceitar também seus animais, como Polônia, Hungria e Eslováquia, segundo a organização Peta. E abrigos acolhem animais vítimas da guerra.
No entanto, muitos ucranianos foram obrigados a abandonar seus animais durante a fuga. Alguns dos que ficaram conseguiram ser resgatados por grupos de defesa animal que atuam no país, em um trabalho constante, apesar do conflito.
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