O deputado Fausto Pinato (PP-SP) afirmou que utilizar o caso da prisão do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) na Câmara como uma resposta ao Supremo Tribunal Federal (STF) é um "suicídio" para a Casa.
Os parlamentares analisam nesta quarta-feira (10) no âmbito da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) e do plenário da Câmara o pedido de prisão do deputado, que está detido desde março sob suspeita de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL).
Como a Folha mostrou, a votação ocorre em meio a um clima de revolta com o ministro do STF Alexandre de Moraes e com queixas sobre a atuação da corte em temas que os parlamentares julgam ser de competência do Legislativo.
"Entendo que temos que dar uma resposta à independência da Casa, mas não usando como escudo o mandante da morte de uma vereadora, isso é um suicídio para a nossa Casa. Podemos colocar na semana que vem a votação das nossas imunidades, até concordo", disse Pinato. "Não estamos falando de uma decisão do ministro Alexandre de Moraes. Não. É de uma turma inteira do STF", concluiu.
Um dos parlamentares que pediu vistas (mais tempo de análise) do processo no âmbito da CCJ, Pinato afirmou que irá votar a favor da manutenção da prisão de Brazão.
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