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Tudo sobre a bebida, do grão à xícara

Café na Prensa - David Lucena
David Lucena
Descrição de chapéu basquete

Amigo de Neymar, finalista da NBA é nerd de café e até criou a própria marca

Jimmy Butler, atro do Miami Heat, tem jogo de vida ou morte nesta segunda (12)

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São Paulo

Jimmy Butler, principal jogador do Miami Heat, que disputa a final da NBA, a liga de basquete norte-americana, tem uma paixão maior do que o esporte: café.

"Café é tudo, cara", disse Butler em entrevista ao site The Athletic em abril deste ano. "Café. Meus amigos. Minha família", afirmou o jogador, que é amigo de Neymar e adora futebol e o Brasil.

Ele leva o assunto tão a sério que decidiu criar a própria marca. A Bigface compra grãos de produtores em países como Etiópia, Quênia e Colômbia, torra e vende em pacotes de 250 g por preços que variam entre 30 e 40 dólares (aproximadamente R$ 150 a R$ 200, na cotação atual).

Homem negro de uniforme branco com letras vermelhas segurando uma bola de basquete
Jimmy Butler cobra lance livre durante o quarto jogo das finais da NBA contra o Denver Nuggets - Mike Ehrmann/Getty Images via AFP

A ideia de criar o próprio café surgiu em 2020, na "bolha" da NBA. Quando a pandemia de Covid-19 começou, a temporada 2019-2020 estava a todo vapor.

Diante das restrições impostas pelas autoridades sanitárias, a liga de basquete decidiu isolar os times em um resort na Disney, em Orlando, para prosseguir com o campeonato.

Os jogadores não podiam deixar o local. Para Butler, que chega a tomar oito xícaras por dia, tudo isso tinha um agravante: as opções de café disponíveis na bolha não atendiam ao seu padrão de qualidade. Ele então decidiu instalar uma máquina de espresso dentro do quarto.

Além de consumir o próprio café –feito com grãos de El Salvador–, ele servia para os demais jogadores. Butler aproveitava o alto poder aquisitivo da sua clientela e cobrava 20 dólares por xícara (aproximadamente R$ 100, na cotação atual).

O que começou como uma brincadeira, no entanto, logo virou coisa séria. "Desde que a bolha [da NBA] começou, eu queria ser o melhor barista [especialista no preparo de café]", disse Butler à TV americana CNBC.

"Agora o Bigface coffee é uma coisa real, e estou apenas tentando levar o melhor café e a melhor experiência para o mundo", afirmou.

A marca foi oficialmente lançada em outubro de 2021. Os cafés podem ser comprados no site da Big Face Brand, que entrega internacionalmente. Além dos grãos, o e-commerce vende canecas, térmicas e até roupas, como camisetas, moletons e calças.

Os grãos vêm em um pacote estiloso, que rendeu à empresa, nesta semana, o terceiro lugar em um prêmio de design de embalagens.

Dentro das quadras, contudo, Butler tem um grande desafio na final da NBA. O Miami Heat está perdendo para o Denver Nuggets por 3 jogos a 1 –o campeão é decidido em uma disputa melhor de 7 partidas.

Isto significa que, nesta segunda (12), Butler não tem outra alternativa senão vencer. Se perder, dá adeus ao título. Se ganhar, ainda terá que bater o Denver Nuggets nos demais jogos –uma virada de um time que perdia por 3 a 1 só aconteceu uma vez na história das finais da NBA.

Assim, o Heat precisa de uma sequência de partidas com um ótimo sistema defensivo, capaz de neutralizar o craque sérvio Nikola Jokić. E Butler terá que fazer apresentações impecáveis, com sua típica agressividade ofensiva. Haja café.

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