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Café na Prensa - David Lucena
David Lucena

Espressos: Exportadores de café do Brasil tentam lidar com mudanças climáticas

Outras notícias do setor incluem a CNA lançando prêmio para pequenos produtores e a alta nas exportações da Coreia do Sul

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São Paulo

Os exportadores de café do Brasil veem 2024 como um ano no qual os debates e ações a respeito das mudanças climáticas devem ser, novamente, uma prioridade do setor. Com isso, preveem mais investimentos e projetos voltados à adaptação e mitigação dos efeitos da crise do clima.

O Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil) está desenvolvendo pesquisas para avaliar a possibilidade de criar um programa agrupado de créditos de carbono na cafeicultura brasileira.

O conselho dos exportadores prevê ainda um aumento das pressões regulatórias no setor. Em 30 de dezembro de 2024, entrarão em vigor as obrigações de devida diligência previstas no regulamento europeu antidesmatamento (EUDR).

Pé de café com folhas verdes e frutos arredondados e vermelhos
Sustentabilidade na cafeicultura é uma das principais preocupações dos exportadores - David Lucena/Folhapress

Em relatório divulgado no início do mês, o Cecafé afirmou esperar que a regulamentação na área de ESG (governança ambiental, social e corporativa, da sigla em inglês) deve se intensificar no bloco europeu ao longo deste ano.

"Novos avanços são esperados, no decorrer dos próximos meses, na proposta de diretiva relativa ao dever de diligência das empresas em matéria de sustentabilidade, criando impactos extraterritoriais nas cadeias de fornecimento das corporações europeias em relação à proteção ambiental e à responsabilidade social", diz o Cecafé.

Enquanto isso, o conselho corre para capacitar os agricultores brasileiros. A entidade lançou um curso gratuito online, em parceria da Plataforma Global do Café (GCP, da sigla em inglês), para oferecer treinamentos na área de sustentabilidade, como, por exemplo, o uso responsável de agroquímicos.

CNA LANÇA PRÊMIO PARA PEQUENOS CAFEICULTORES

A CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) abriu as inscrições para o Prêmio CNA Brasil Artesanal 2024 Cafés Especiais Torrados.

O concurso, que tem o apoio da Abic (Associação Brasileira da Indústria de Café), é voltado para produtores rurais que também industrializam e comercializam o café torrado em todo o Brasil.

Um dos pré-requisitos é que a produção não seja em larga escala. Por isso, só podem participar aqueles que produzem até 240 sacas de 60 kg de café torrado por ano.

As inscrições podem ser feitas no site do Sistema CNA/Senar até 23 de abril em duas categorias: 100% arábica e 100% canéfora (conilon e robusta).

Os vencedores receberão R$ 10 mil, cada, além da divulgação feita pela CNA.

COREIA DO SUL COMPRA MAIS DE US$ 1 BI DE CAFÉ

As importações de café da Coreia do Sul ultrapassaram US$ 1 bilhão em 2023, segundo o serviço aduaneiro local. É o segundo ano consecutivo em que o país excede a marca bilionária.

Ao todo, foram registrados US$ 1,11 bilhão em importações de grãos de café verde e torrado –em 2022, esse valor havia sido de US$ 1,3 bilhão.

Apesar da queda anual, as importações sul-coreanas estão em patamares bem maiores do que alguns anos atrás. O país tem aumentado o consumo significativamente desde 2018, quando as importações totalizaram US$ 637,3 milhões.

Ainda segundo os dados da autoridade aduaneira da Coreia do Sul, mais de um quarto do café importado em 2023 foi do Brasil.

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