Sayfullo Saipov, um imigrante uzbeque de 34 anos, foi condenado nesta quinta-feira (26) pelo atentado terrorista que matou 8 ciclistas em uma movimentada ciclovia de Nova York no ano de 2017.
O juri americano levou seis horas para deliberar sobre o caso e deve voltar a se reunir no dia 6 de fevereiro para avaliar entre uma condenação de prisão perpétua ou se leva o réu à pena de morte, a primeira a ser imposta na gestão do presidente Joe Biden.
O ataque aconteceu em 31 de outubro de 2017, quando Saipov usou um caminhão alugado para invadir a ciclovia do rio Hudson, no setor oeste da ilha de Manhattan, e atropelar ao menos 20 pessoas.
Na ocasião, Saipov foi contido com um tiro no abdômen, disparado por um policial, enquanto gritava "Allahu akbar" após chocar o caminhão contra um ônibus escolar. A expressão, que significa "Deus é maior" em árabe, é comum em culturas islâmicas, mas também se tornou frequente em atentados terroristas nas últimas décadas.
Entre os oito mortos, seis eram turistas estrangeiros, uma belga de 31 anos e cinco argentinos que comemoravam 30 anos de formatura escolar. Os outros dois eram cidadãos americanos, um de 32 e outro de 23 anos.
Segundo as autoridades americanas, este foi o pior atentado que Nova York já viu desde o 11 de setembro de 2001.
Um dia após o atentado, o então presidente Donald Trump usou o Twitter para se pronunciar: "DEVE SER CONDENADO À PENA DE MORTE!". A mensagem veio logo após Saipov pedir a bandeira do Estado Islâmico a agentes do FBI (polícia federal americana) que o interrogavam em um quarto de hospital.
A questão é tratada com preocupação pela equipe de Biden, que durante sua campanha pregou contra a pena de morte e agora se vê pressionada diante de um cenário onde o procurador geral Merrick B. Garland insiste em aplicar a pena máxima e parece ganhar apoio popular.
Durante a leitura do veredito na última quinta-feira, Saipov não demonstrou remorso.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.