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Além das doações, abraços, escuta e orações confortam quem perdeu tudo no RS

Após resgate das pessoas, preocupação era garantir alimentação, agasalho e colchões, porque faz muito frio na região

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São Paulo

A tragédia ocorrida no Rio Grande do Sul mobilizou diversas igrejas pelo país –seja para realizar doações de alimentos, roupas ou itens de higiene, ou envio de pessoas para servir no que fosse necessário.

Esse é o caso do advogado e corretor de imóveis Thales Gontijo, que saiu de São Paulo no sábado (13) em direção ao município de Três Coroas (RS), onde utilizou seu veículo 4X4 para distribuir refeições prontas em bairros mais afastados, como Furnas e Linha Café.

Fotografia mostra pedaço das paredes do que restou de uma casa após a enchente. Há muita lama espalhada no chão. À frente, é possível ver muitos tijolo, telhas, portas e roupas sobre o barro.
Em Três Coroas, diversas casas foram levadas pela enchente - Thales Gontijo/Arquivo Pessoal

"Conversamos com amigos de Gramado [RS] e eles nos informaram que precisavam de ajuda para transportar alimentos para áreas alagadas. Sentimos no coração e fomos".

Thales e mais três pessoas integraram a equipe de montagem e distribuição de marmitas na cozinha comunitária montada em frente ao Ginásio Municipal de Três Coroas.

"Muitos voluntários que também perderam tudo estão servindo aqui", conta o pastor da Assembleia de Deus Comunhão Familiar, Anderson Martins. Ele atua na cidade de Igrejinha (RS), uma das mais atingidas pelas enchentes.

Ele conta que após o resgate das pessoas, a primeira preocupação era garantir alimentação, agasalhos e colchões para as famílias, porque faz muito frio na região. As doações chegaram e continuam chegando de diversas regiões do Brasil.

Além da necessidade material, Martins conta que a igreja também tem levado apoio emocional para a população. "Tenho abraçado muitas pessoas. Às vezes nem falamos muita coisa. Alguns abraços geram orações, outros fazem as pessoas abrirem o coração e compartilharem suas dores".

Para que o trabalho seja mais efetivo, as igrejas se organizam em frentes. Enquanto algumas produzem refeições para doação, outras viraram abrigos ou armazéns que recebem, separam e distribuem as doações que chegam.

"Muitos membros da igreja também abriram suas casas para abrigar famílias que perderam tudo na enchente", conta o pastor de Comunicação de Igreja Batista Mont’Serrat, Victor França, que também precisou deixar sua casa em Porto Alegre e está abrigado na casa de outros pastores.

"Embora exista uma esperança maior [Cristo], muitos ficaram abalados, porque perderam tudo que construíram ao longo da vida, por isso a igreja também tem oferecido orações, mas principalmente a escuta para essas pessoas", diz.

Apesar da dor, França destaca a atuação da igreja como um corpo. "Antes da tragédia, muitas igrejas não tinham contato, não conversavam. Agora estamos juntos, sonhando juntos e planejando juntos. Toda essa crise quebrou barreiras que existiam e nos permitiram ter acesso ao coração de muitos pastores. Hoje, a igreja de Jesus está em unidade, servindo a cidade", afirma o líder.

evangelicos@grupofolha.com.br

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