Frederico Vasconcelos

Interesse Público

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Descrição de chapéu Folhajus

Desembargadores paulistas já articulam sucessão de Anafe

Vice-presidente e corregedor disputarão a presidência em novembro

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O vice-presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, Guilherme Strenger, e o corregedor-geral, Fernando Torres Garcia, enviaram mensagens aos colegas desembargadores anunciando que são candidatos à sucessão do presidente Ricardo Mair Anafe.

As eleições serão realizadas em 8 de novembro.

Os textos são formais. Strenger promete aos magistrados "melhores condições de trabalho, bem como remuneração digna e mais adequada". Torres Garcia, que distribuiu a mensagem depois, noticia a pretensão aos amigos, espera o apoio dos colegas e se coloca à disposição para receber sugestões.

Vice-presidente e corregedor do TJ-SP anunciam candidatura à sucessão de Ricardo Mair Anafe
Desembargadores do TJ-SP Fernando Torres Garcia, corregedor-geral, e Guilherme Strenger, vice-presidente, que anunciaram a candidatura à sucessão de Ricardo Mair Anafe - Ronny Santos/Folhapress e Divulgação

Em 7 de janeiro de 2022, quando tomou posse na presidência, Anafe divulgou no Diário da Justiça Eletrônico mensagem dirigida a magistrados, servidores e cidadãos, lembrando a crise derivada da pandemia da Covid 19:

"Minha crença na solidez do Judiciário Bandeirante e na retidão de seus integrantes e o meu compromisso em perpetuar sua grandeza histórica me trazem a firme convicção de que momentos de crise, como o presente, são os mais afortunados para promover inovações, até porque a complexidade deve ser enfrentada e não contemplada".

As candidaturas de Strenger e Torres Garcia, membros da atual cúpula do TJ-SP, eram previsíveis, pois são considerados candidatos naturais. As articulações começam no segundo ano de gestão.

Como diz um magistrado, "apesar de não dizerem que são de oposição, não se pode dizer que são de situação".

A seguir, a íntegra das mensagens dos candidatos:

Prezadas e prezados colegas,

É com grande honra que anuncio minha candidatura à Presidência do Tribunal de Justiça.

Após mais de 42 anos dedicados à magistratura e à administração do Poder Judiciário, sinto-me motivado para liderar a nossa instituição.

Tenho um compromisso firme com a ética, a transparência e a independência do Poder Judiciário, assumindo a obrigação de garantir aos magistrados melhores condições de trabalho, bem como remuneração digna e mais adequada.

Contem com minha palavra, esperando receber sugestões que poderão ser direcionadas ao meu e-mail.

Meu afetuoso abraço,

Guilherme Gonçalves Strenger

*

Meu querido amigo, bom dia.

Faço votos que tudo esteja bem com você e seus familiares.

Preferi "conversar" por aqui, ao invés de importuná-lo por telefone num domingão.

Acredito que você já saiba, mas quero reafirmar, após ciência dada aos eminentes Presidente e Vice-Presidente da Corte, que serei candidato à Presidência do nosso Tribunal de Justiça no pleito de 8 de novembro próximo.

Campanha farei mais à frente, nos intervalos dos inúmeros afazeres que tenho à frente da Corregedoria Geral da Justiça, os quais tanto prezo e venho me empenhando para cumprir à altura da elevada confiança que me foi depositada pelos colegas.

Por ora só mesmo noticiar aos amigos a minha pretensão.

Ficarei muito honrado e feliz se puder contar com o seu imprescindível apoio. Desde já sigo à disposição, inclusive para sugestões, por quaisquer dos meios de comunicação que você preferir.

Fraterno abraço.

Fernando Antonio Torres Garcia

*


Guilherme Gonçalves Strenger nasceu em 1950, na Capital paulista. Graduou-se em Direito pela USP (1974). É mestre em Direito Civil (1990). Ingressou na Magistratura em 1981, como juiz substituto em Presidente Prudente. Trabalhou em Limeira, Regente Feijó, Mairiporã, Osasco e São Paulo. Foi juiz eleito do TRE-SP. Em 2002 foi promovido para o Tribunal de Alçada Criminal. Assumiu o cargo de desembargador em 2005; eleito membro do Órgão Especial em 2010. Foi presidente da Seção de Direito Criminal (2020/2021).

Fernando Antonio Torres Garcia nasceu em 1959, na cidade de São Paulo. Formado pela Faculdade de Direito da USP (1982). Iniciou sua carreira na Magistratura em 1983, como juiz substituto em Osasco. Foi titular nas comarcas de Mirandópolis, Indaiatuba, Diadema e São Paulo, no Foro Regional da Lapa. Promovido ao cargo de desembargador em 2008. Foi conselheiro da Escola Paulista da Magistratura (2016/2017 e 2020/2021) e presidente da Seção de Direito Criminal (2018/2019).

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