O texto a seguir é de autoria do advogado Airton Florentino de Barros, procurador de Justiça aposentado, fundador e ex-presidente do MPD (Movimento do Ministério Público Democrático).
O (des)Governo do Estado de SP confessa que não encontra condição para cumprir sua obrigação de acabar com o tráfico de drogas que alimenta a(s) cracolândia(s) da quarta mais populosa metrópole do mundo.
O outrora belíssimo Centro histórico da cidade virou uma arena de guerra, em que criminosos submetem crianças, jovens, mulheres e idosos a extremo risco de agressão física, provocando verdadeira comoção social.
Assaltos violentíssimos são frequentes à luz do dia e debaixo do nariz de batalhões policiais.
Inúmeros importantes estabelecimentos comerciais já fecharam, seja porque forçados pela violência, seja porque levados à falência pelo sumiço da freguesia, escondida com medo da insegurança.
O restaurante preferido dos professores e estudantes do Largo São Francisco, o prestigiado Itamaraty, já era.
A velha Padaria Santa Tereza, na Praça João Mendes, ponto turístico de 150 anos, que funcionava diariamente até 23 h, passou a fechar às 18h30, por não poder garantir segurança aos clientes.
Um taxista, ao justificar o abandono do ponto no início da Avenida Liberdade, a partir das 18h, disse que nessa hora diversos vagabundos, disfarçados de miseráveis em situação de rua, começaram a assaltar quem acabava de entrar nos táxis, levando a constrangimentos os motoristas.
Nesse salve-se quem puder, a última medida governamental anunciada foi a escolta da cracolândia para o interessante e até agora agradável bairro central do Bom Retiro, que também não merece essa lesiva providência.
Passou da hora da intervenção federal no Estado de São Paulo para garantir a ordem coletiva e a segurança pública.
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