​Em mais um ataque sem provas contra as urnas eletrônicas e o sistema eleitoral brasileiro, dessa vez diante de dezenas de embaixadores​, o presidente Jair Bolsonaro (PL) virou meme na tarde desta segunda-feira (18) ainda durante a sua apresentação, transmitida ao vivo em seu canal no YouTube.

São várias as hashtags usadas para falar sobre a reunião. "Mentiroso da República", "The Office", "Jairnine", "Embaixadores" e "Power Point" estão entre os assuntos mais comentados no Twitter até o início desta noite.

O presidente usou o evento no Palácio da Alvorada —em que veículos de imprensa tiveram participação barrada sob condição de transmitir ao vivo —para criticar os ministros Alexandre de Moraes, Edson Fachin e Luis Roberto Barroso.

Fachin é o atual presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Barroso presidiu a corte eleitoral e Moraes deve comandar o tribunal durante as eleições de 2022.

O Power Point usado na apresentação para a plateia internacional tinha diversos erros de inglês, como "brienfing".

Já a hashtag "Jairnine" faz referência à ex-presidente interina da Bolívia, Janine Añez, condenada pela justiça boliviana por ter organizado um golpe de Estado no país em 2019 contra o então líder Evo Morales.

Na ocasião em que foi presa, Añez escondeu-se em uma cama box. O episódio é agora evocado no Twitter em alusão à Bolsonaro e sua aparente tentativa de deslegitimar as eleições no Brasil.

Já nas redes bolsonaristas, a percepção é de que a apresentação do presidente foi "mais do que uma reunião". Um dos perfis afirma que se trata de "informação, a transparência de que algo grave está sendo orquestrado e que poderá afetar demais países!", reverberando as teorias conspiratórias ventiladas pelo mandatário.

Para eles, o presidente "mostrou aos embaixadores a verdade dos fatos", como afirmou outro perfil.

Hoje, o assunto principal entre apoiadores do presidente foi a determinação do ministro Alexandre de Moraes para que perfis removam notícias falsas que relacionam a facção criminosa PCC ao PT e ao assassinato de Celso Daniel em 2002.

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