O dia em que a democracia brasileira sofreu seu mais grave ataque desde a redemocratização parece não terminar nunca. Já passava da meia-noite de segunda-feira (9) quando o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou o afastamento, por 90 dias, do cargo do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), a pedido do líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
Na decisão, Moraes lista fatos que o levam a entender que houve "omissão e conivência de diversas autoridades", entre eles de Anderson Torres, ex-Secretário de Segurança Pública do Distrito Federal exonerado em meio ao caos, e de Ibaneis Rocha, a quem o ministro atribui "conduta dolosamente omissiva".
Os dois são bolsonaristas ferrenhos e aliados de primeira hora de Jair Bolsonaro, que viajou para os Estados Unidos nos últimos dias de seu governo. Torres, inclusive, está em Orlando, mesma cidade do ex-presidente, mas nega ter se encontrado com ele.
O influenciador Felipe Neto lembrou do elo entre os dois.
Nas redes, a decisão de Moraes repercutiu madrugada adentro. "Ibaneis", aliás, já era um dos principais assuntos no Twitter ao longo do domingo (8).
O governador reeleito é acusado de cumplicidade nos atos golpistas.
Muitos pediam sua saída ou sua prisão.
Como mostrou a colunista Mônica Bergamo, um grupo de advogados quer seu impeachment.
Ibaneis chegou a pedir desculpas pelo ocorrido.
O roteirista do Brasil nunca perdoa.
Primeiro, o plantão.
Depois, isso aqui.
"Alexandre de Moraes" também foi um dos termos mais mencionados no Twitter, mesmo antes de sua decisão de afastar Ibaneis.
Os memes "vigiar e punir" nunca saem de moda.
Tudo pode acontecer.
Caneca do Corinthians está sempre presente com ministro.
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