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Milhões de postagens condenam ataques de Israel a Rafah no Twitter

Bombardeios contra acampamento humanitário em Gaza inflamam debate nas redes

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Belo Horizonte

Menções a "Israel" ultrapassam 3,5 milhões de postagens no X, o ex-Twitter, até o início da tarde desta segunda-feira (27). Junto ao nome do país, que esteve listado entre os assuntos do momento da rede, estavam outros termos relacionados à guerra travada na Faixa de Gaza, como "Rafah" (3,55 milhões de postagens), Gaza (1,96 milhões), Hamas (884 mil) e Netanyahu (363 mil).

O alto volume de publicações repercute o ataque de Tel Aviv contra um acampamento humanitário de deslocados internos em Rafah, no sul da Faixa de Gaza. Segundo o Ministério da Saúde do território palestino, controlado pelo Hamas, ao menos 45 foram mortos no bombardeio deste domingo (26) —ataque que ocorreu numa área que Israel designou para a segurança dos civis palestinos em uma zona em conflito.

A Fepal (Federação Árabe Palestina do Brasil), entidade representante da comunidade palestina no Brasil, legendou e publicou dois vídeos de jornalistas que cobriram o ataque, classificado, num pronunciamento de profissionais de saúde palestinos, de "desafio flagrante à Corte Internacional de Justiça (CIJ) e ao mundo".

Na contramão das postagens que criticam os ataques e caracterizam Israel como um "Estado genocida" —outro termo presente nos assuntos do momento—, as Forças de Defesa israelenses publicaram um breve comunicado na manhã desta segunda. Nele, acusam o Hamas de propagar "mentiras e desinformação", dizendo que o ataque foi realizado fora da área humanitária designada.

Entretanto, no início da tarde, o premiê de Israel, Binyamin Netanyahu, classificou o bombardeio de "trágico erro" que, diz ele, será investigado. Entre os mortos há mulheres e crianças que, segundo a rede de TV Al Jazeera, foram queimadas vivas.

O evento provocou reações na comunidade internacional, em razão da afronta ao posicionamento da CIJ, o principal tribunal da ONU (Organização das Nações Unidas), que na sexta-feira (24) determinou o cessar-fogo em Rafah, último refúgio palestino. O presidente da França, Emmanuel Macron, defende que "essas operações têm de parar". "Não existem áreas seguras em Rafah para civis palestinos."

No Brasil, o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, publicou em seu perfil no X que "este evento não deixa dúvidas de que o governo de Israel comete crimes de guerra e descumpre flagrantemente as decisões da CIJ". "O assassinato brutal de civis palestinos —principalmente de mulheres e crianças— escancara os propósitos genocidas do governo israelense", acrescentou ele.

"A paz merece uma chance, palestinos e israelenses merecem viver em estados soberanos e seguros", defendeu a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente do Partido dos Trabalhadores (PT).

Piers Morgan, jornalista britânico conhecido por suas opiniões conservadoras, criticou o ataque de domingo. "As cenas de Rafah são horríveis. Defendi o direito de Israel de se defender depois do 7 de Outubro, mas massacrar tantas pessoas inocentes enquanto se escondem num campo de refugiados é indefensável. Pare com isso agora, @netanyahu."

"O jeito mais longo de dizer que Israel matou civis", ironizou um usuário ao compartilhar uma notícia relacionada.

"O sionismo é mau", escreveu outro, em caixa alta.

Outros ainda apontavam a incoerência de alguns posicionamentos correntes entre os que defendem as ações de Israel.

Em resposta, apoiadores de Israel intensificaram um movimento articulado para relembrar os ataques terroristas realizados pelo Hamas em 7 de outubro do ano passado.

Em paralelo, também viraliza na rede social uma entrevista de Rafael Zimmerman, brasileiro que estava no festival de música eletrônica durante o início dos ataques do Hamas.

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