Alok retomou a agenda de shows, que havia sido interrompida pela pandemia de Covid-19, e ainda faz algumas lives que completam sua agenda movimentada. Na última sexta (10), fez uma transmissão direto do Teatro Bradesco (zona oeste de São Paulo) e, no sábado (11), subiu ao palco do festival Festeja, no Parque Olímpico (zona oeste do Rio).
O evento na capital paulista marcou o fim de uma série de lives promovida pelo Bradesco, que reuniu ao longo de 2020 e 2021 nomes como Ana Carolina, Alceu Valença, Gal Costa, Raça Negra, Elba Ramalho, Raimundo Fagner e Toni Garrido.
Já no Rio, entre tantos hits com roupagem eletrônica que animam o público, Alok recebeu no palco a ex-BBB, advogada e cantora Juliette Freire, que gingou ao ritmo de "Anunciação" no cenário. Eles anunciaram uma parceria para uma música que deve ser lançada ainda na primeira quinzena de janeiro.
É mais uma união na carreira do DJ eleito quarto melhor do mundo pela revista especializada DJ Mag. Entre as mais recentes, estão o trabalho com John Legend, "In My Mind", lançado em agosto, e "Jogo Duro", gravado ao lado de Ludmilla e Orochi, apresentado neste mês.
Alok afirma que antigamente se restringia muito ao eletrônico, já que também vinha de uma família de DJs eletrônicos. Seus pais Ekanta Jake Peres e Juarez Achkar Petrillo (Swarup) estão entre os pioneiros da cena da música eletrônica no Brasil e responsáveis pelo Universo Paralello, um dos principais eventos do gênero, realizado na Bahia. Bhaskar, irmão gêmeo de Alok, também é DJ.
"Só que eu comecei a perceber que eu mesmo estava criando minha própria prisão, saca?", diz Alok ao Lineup no camarim antes de sua live em São Paulo. "A partir do momento que eu parei com essa questão do julgamento, comecei a acolher mais."
"Eu não quero limitar a minha criatividade", afirma. "Se hoje me perguntarem qual o estilo que eu toco eu diria que sou um espírito livre. Um DJ, mas que é pop, faz música com indígenas, com Ludmilla, Orochi, John Legend."
De volta à estrada, Alok ainda defende restrições a grandes eventos, especialmente os gratuitos e abertos. Ele conta que negou participar de grandes festas abertas de Carnaval e na praia, por exemplo. "Eu vejo que alguns eventos são mais controlados, conseguem seguir protocolos, pedir PCR [teste de Covid] e comprovante de vacinação."
"No Carnaval eu sei que vou fazer vários eventos, mas todos eventos fechados com restrição de público", afirma.
Em 2022, Alok deve ficar seis meses fora, seis meses no Brasil —não exatamente direto, porque pretende dar breves passadas no país. Será um período de shows por Europa, Estados Unidos e Ásia, especialmente. Na América do Sul, por exemplo, seu nome aparece na programação do Lollapalooza Chile e do Brasil, além do Rock in Rio.
Mesmo com agenda relativamente cheia, ele conta que os dois últimos anos com pandemia foram momento de ressignificação de muita coisa e quer ter mais tempo livre. "Eu estava num modo automático, numa rotina muito insana e já estava entrando em colapso."
"Então, agora com essa retomada, eu quero que a minha vida seja mais equilibrada, sacou?", diz o artista. "Conseguir ter tempo para a minha família, aquele tempo pra fazer as minhas parcerias comerciais, que eu consiga fazer música e fazer show com menos intensidade", conta o marido da médica Romana Novais e pai dos bebês Ravi e Raika, que nasceram respectivamente em janeiro e dezembro de 2020.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.