O Fiat Pulse 1.0 turbo flex (130 cv) passou pelo teste Folha-Mauá. As medições de consumo e desempenho –feitas com etanol e gasolina– mostraram que o novo motor do grupo Stellantis supera em todos os quesitos o antigo 1.8 (139 cv), que equipa o Argo Trekking automático.
O carro avaliado veio na versão Impetus, com carroceria pintada nas cores azul amalfi (parte de baixo) e cinza strato (teto). A combinação acrescenta R$ 2.064 ao preço, que parte de R$ 123,8 mil.
O valor inclui seis airbags, sistema de frenagem autônomo (que atua caso o motorista não esboce reação diante de uma colisão iminente), rodas de liga leve de 17 polegadas, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, ar-condicionado digital, faróis com LEDs, central multimídia com navegação por GPS e câmbio automático do tipo CVT, que simula sete marchas.
O teste começou na retirada do Pulse, feita em uma concessionária Fiat no bairro paulistano do Butantã (zona oeste). O carro veio abastecido com etanol e foi levado até o Instituto Mauá de Tecnologia, em São Caetano do Sul (Grande São Paulo).
Motores com três cilindros tendem a apresentar vibrações em baixa rotação, mas a Fiat conseguiu contornar essa característica. O jipinho urbano mostrou-se ágil e silencioso em meio ao trânsito pesado.
A boa impressão deixada na apresentação do carro, em outubro, foi confirmada. A montadora caprichou no acabamento da cabine, o que distancia seu novo SUV do compacto Argo.
Por fora, no entanto, há muitas semelhanças entre esses carros. As janelas, por exemplo, são as mesmas. É uma característica típica de modelos que dividem a mesma plataforma, a exemplo dos concorrentes Honda WR-V (que usa a base do Fit) e Volkswagen Nivus ("irmão" do Polo).
As maiores diferenças estão na parte mecânica. A combinação entre motor 1.0 turbo e câmbio CVT, que simula sete marchas, fez o Pulse ir do zero aos 100 km/h em 9,5 segundos quando abastecido com etanol. O Argo 1.8 Trekking automático, que pesa dois quilos a menos, cumpriu a mesma prova em 11,6 segundos.
O 1.0 turbo leva vantagem também no consumo. Enquanto o novo SUV compacto rodou 11,5 km com um litro de gasolina na cidade e chegou a 18,6 km/l na estrada, o Argo 1.8 aventureiro registrou, respectivamente, as médias de 9,4 km/l e 17,2 km/l.
Além de ser mais eficiente, o novo motor atende à sétima fase do Proconve (Programa de Controle de Emissões Veiculares), que entra em vigor neste sábado (1º). Em breve, estará sob o capô de outros modelos das linhas Fiat, Citroën, Jeep e Peugeot, que são as marcas do grupo Stellantis presentes no Brasil.
Confira os números do Fiat Pulse aferidos no teste Folha-Mauá:
Fiat Pulse Impetus 1.0 turbo flex
Preço (base São Paulo): R$ 123,8 mil
Motor: Três cilindros, flex, turbo, 999 cm³
Potência: 130 cv (E) e 125 cv (G) a 5.750 rpm
Torque: 20,4 kgfm (E/G) a 1.700 rpm
Câmbio: Automático CVT, simula sete marchas
Pneus: 205/50 R17
Peso: 1.237 kg
Porta-malas: 370 litros
Aceleração (0 a 100 km/h): 9,5s (E) e 10,8s (G)
Retomada (80 km/h a 120 km/h): s 7,1 (E) e 7,9s (G)
Frenagem (80 km/h a 0): 36,2 m
Consumo urbano 8,6 km/l (E): e 11,5 km/l (G)
Consumo rodoviário 15,5 km/l (E): e 18,6 km/l (G)
Saiba como são feitos os testes
Para aferir o desempenho dos carros, o IMT (Instituto Mauá de Tecnologia) utiliza o V-Box, equipamento que usa sinal de GPS.
Os testes de aceleração, retomada e frenagem são feitos na pista da empresa ZF, em Limeira (interior de São Paulo).
A etapa que verifica o gasto de combustível na cidade tem 27 km. Para simular um percurso rodoviário com velocidade média de 90 km/h, os engenheiros do IMT dirigem por 31 km. Ambos os trajetos ficam em São Caetano do Sul, onde está a sede do instituto.
Se o carro for flex, são feitas duas medições: uma com gasolina, outra com etanol.
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