O Honda HR-V 2023 chega ao mercado com a mais profunda mudança desde seu lançamento, em 2015. A nova geração do SUV urbano apresenta significativa evolução ao volante, mas perde espaço no porta-malas.
O carro foi apresentado na fábrica da Honda em Sumaré, mas sua produção é feita em Itirapina. Ambas as cidades ficam no interior de São Paulo.
As primeiras versões que chegam às lojas têm o mesmo motor 1.5 flex (126 cv) usado no City. As vendas terão início em agosto, quando os preços serão divulgados.Os valores devem começar em R$ 130 mil.
Em outubro será a vez das opções 1.5 turbinadas, que terão por volta de 180 cv e também poderão ser abastecidas com etanol ou gasolina.
A diferença entre os modelos com e sem turbo está na grade frontal, que é do tipo colmeia nas opções mais potentes e com frisos horizontais nos modelos mais simples.
Há outras mudanças visuais. As lanternas traseiras agora são estreitas e interligadas por uma barra de acrílico fumê. Os novos faróis trazem lâmpadas de LED em todas as quatro versões que estarão disponíveis.
A curvatura do teto reforça o estilo cupê do SUV urbano da Honda, sem comprometer o espaço na cabine. Mas o porta-malas teve a capacidade reduzida de 437 para 354 litros.
Antes disponível na versão Touring, o teto solar deixa de ser oferecido. A Honda diz que pesquisas feitas com consumidores não apontaram o equipamento como algo desejado, mas o mercado de veículos usados mostra que a procura por modelos com esse item é grande.
Embora menos potente que a antiga opção 1.8 flex (140 cv), o novo HR-V 1.5 flex mostrou-se bem disposto em seu primeiro teste. A Honda montou um circuito de avaliação dentro da fábrica de Sumaré.
A versão disponível foi a EXL, a mais equipada entre as opções sem motor turbo. O sistema Sensing –que, entre outras funções, pode frear o carro para evitar uma colisão– é item de série. Há também seis airbags, sistema multimídia que se conecta a celulares com sistema Android ou IOS, bancos com forração de couro e partida por botão.
Os assentos preservam a modularidade de antes, sendo possível carregar até uma prancha de surfe na cabine. A cabine parece mais espaçosa do que antes, embora preserve basicamente as mesmas dimensões do modelo anterior.
As rodas de liga leve da versão EXL são escurecidas, com aro de 17 polegadas. O desenho é bem simples, com um estranho contraste entre o tom dos raios e o do miolo, onde está a logomarca da Honda.
Em movimento, o carro agradou pelo silêncio a bordo. O ruído da transmissão automática do tipo CVT (que simula sete marchas) está mais distante e abafado.
Em uma sequência de curvas entre cones, a suspensão se mostrou mais firme. Em geral, o novo HR-V é um carro bem melhor que o anterior, mas a perda de espaço no porta-malas pode atrapalhar as vendas.
Para o público que deseja mais espaço –e pode pagar cerca de R$ 200 mil por isso– a montadora oferecerá o ZR-V, que será importado do México como linha 2023.
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