A casa é ampla, com diversos ambientes e fica no entorno de uma pracinha tranquila. O serviço é atencioso e ganha um brilho a mais com a simpatia do Alex, o gerente. E a comida? Uma : bem-feita, farta, com aquele perfume que transporta a gente para o Nordeste assim que chega à mesa.
O Panelão do Norte, casa do seu Zé, como é conhecido o proprietário, sr. José da Mota, é uma embaixada da boa gastronomia nordestina na zona leste. Seu Zé é cearense de Itapipoca, e chegou em São Paulo em 1963, aos 17 anos, para tentar a sorte. Trabalhou muito e em 1972 conseguiu comprar uma antiga mercearia onde abriu seu primeiro negócio, um boteco que batizou de Minha Deusa. O Panelão do Norte nasceria anos depois, em 2000, no coração da Penha, e ganharia mais recentemente uma segunda casa, na Anália Franco.
E o que comer no Panelão? Comece com as caipirinhas, coloridas, gostosas, perfeitas para animar a refeição. Podem ser preparadas com limão ou ainda abacaxi, kiwi, maracujá ou morango e custam de R$ 21 (cachaça) a R$ 32 (vodca Absolut).
Para acompanhar, a Tábua Arretada (R$ 61) é uma boa pedida: traz torresminho, mandioca frita, queijo coalho, ovos de codorna e conservas. Para os fãs de torresmo, há ainda uma versão da carne enrolada, que vem quentinha sobre uma tábua onde é cortada e servida com limão.
Se você não come carne, há duas ótimas sugestões: os quadradinhos de tapioca (R$ 32), que chegam acompanhados de geleia picante e os gostosos bolinhos de alho-poró (R$ 25), imperdíveis. Chegam sequinhos e com bastante recheio.
O baião de dois especial é a sugestão da casa e merece a sua atenção. São quatro bifes de carne de sol cobertos com queijo de coalho assado na chapa, acompanhados do baião e de mandioca cozida servida com manteiga. Custa R$ 145 e é indicado para duas pessoas, mas por sua fartura e dependendo da quantidade de entradas que você degustar, pode servir até quatro tranquilamente.
Mas no Panelão também tem peixada com camarões, arrumadinho com feijão de corda, carne seca na moranga, acarajé, escondidinho gratinado (tem uma versão com creme de milho, pense!), favada, galinhada, mocotó, rabada, pirão de leite, todos os pratos que compõem essa rica culinária.
De sobremesa, pedi uma Banana split, algo que não comia há tempos, e me diverti. Tinha ainda Sundae e até creme de papaia, outro item nostálgico que ainda faz sucesso nos restaurantes tradicionais.
Agora você já tem uma boa opção para comemorar o Dia do Nordestino com boa comida em ambiente familiar e festivo. Seja no Panelão Penha ou no Panelão Anália, a escolha será certeira.
Outros lugares favoritos, onde o Nordeste brilha:
• Dona Fátima (Rua Santo Antônio, 1469, Bixiga)
Onde vou quando sinto saudade da comida nordestina caseira.
• Oxente Bar e Petiscos (@oxentebarepetiscos)
O aconchego nordestino sem frescura e de gente batalhadora.
• Tabuleiro do Acarajé (@tabuleirodoacaraje)
Meu acarajé favorito, espanta qualquer tristeza.
• Canto do Picuí (@cantodopicui)
A ótima gastronomia nordestina autoral de um chef que admiro.
Serviço:
Panelão Penha
R. Namaxi, 155 - (11) 2647-7805 / (11) 94023-3856
Panelão Anália
Av. Ver. Abel Ferreira, 1106 - (11) 2673-8944 / (11) 94025-5836
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