Na Corrida

Pé na estrada, mesmo quando não há estrada

Na Corrida - Rodrigo Flores
Rodrigo Flores
Descrição de chapéu tecnologia

Polar lança relógio que diz a melhor hora para estudar e se exercitar

Ignite 3 leva em conta relógio biológico individual para sugerir horário ideal para cada atividade

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Rodrigo Flores
São Paulo

Lembra da época em que relógio servia apenas para mostrar as horas, e telefone só era usado para fazer ligação? Pois é, faz tempo…

Esses dois aparelhos tiveram trajetórias bem diferentes nos últimos anos. Os celulares tornaram-se onipresentes no Brasil. Pelas contas da Anatel, há mais de um aparelho em uso para cada pessoa em nosso país. Estamos falando de 240 milhões de celulares para 214 milhões de usuários. Já os relógios inteligentes – ou smartwatches, como chamarei daqui para frente – ainda não conseguiram a mesma penetração. Embora não haja estatísticas públicas sobre o uso desses aparelhos, basta olhar ao redor para perceber que a maioria ainda não carrega um smartwatch no pulso.

Por que isso acontece? Eu tenho algumas suspeitas. A primeira é o preço salgado. Apesar de haver modelos mais acessíveis, não é raro encontrar relógios vendidos por alguns milhares de reais. A segunda razão é a falta de clareza do consumidor sobre os benefícios que um smartwatch pode oferecer. Quem nunca ouviu a frase "para ver as horas eu uso o meu celular" que atire a primeira pedra.

Se, por um lado, o preço não dá sinais de que vai ceder, por outro os aparelhos começam a se sofisticar e deixar de ser uma mera tela extra de celulares. A Polar, por exemplo, acaba de lançar o Ignite 3, que é vendido como relógio, mas na prática é um monitor de saúde e bem-estar.

Smartwatch Polar Ignite 3
Smartwatch Polar Ignite 3 - Divulgação

O Ignite 3 monitora o sono. Sim, se quiser esse recurso, você vai ter de dormir com o relógio. Com as informações colhidas durante a noite, o aparelho apresenta uma previsão dos níveis de atenção e prontidão do usuário, e sugere o horário ideal para cada tipo de atividade ao longo do dia. Ou seja, ele informa o melhor momento para fazer atividade física, se concentrar ou ir para a cama. "Cada um tem um relógio biológico interno diferente. Podemos ter um desempenho melhor apenas quando nosso estilo de vida está em harmonia com nosso relógio biológico", diz Sander Werring, CEO da Polar Electro.

O relógio também monitora níveis de estresse, e avisa quando é hora de respirar fundo e tentar se acalmar. Ele ainda avalia o condicionamento físico do usuário e acompanha o desempenho em mais de 150 atividades esportivas diferentes. Em alguns casos, ele sugere exercícios de acordo com os objetivos físicos de cada pessoa. Ao final do treino, o aparelho informa quanto de carboidrato, proteína e gordura foram gastos durante a atividade física.

Tudo isso pesando 35 gramas e com bateria que dura entre 30 horas e 5 dias, dependendo do uso.

Para quem gosta especificamente de corrida, o Ignite 3 talvez não seja o modelo mais indicado, por contar com apenas um botão, e ter toda a interface na tela sensível ao toque. Eu, pessoalmente, prefiro apertar botões com meus dedos suados do que tocar a tela do relógio durante os treinos mais longos.

E aí voltamos para o primeiro desafio dos fabricantes para a popularização dos smartwatches: o preço. O Ignite 3 chega com preço sugerido de R$ 2850. Certamente, um produto que cabe em todos os pulsos, mas não em todos os bolsos.

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