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Descrição de chapéu União Europeia

PIB de Portugal surpreende e cresce 1,6% no trimestre

Resultado foi puxado por alta nas exportações, mas desaceleração no consumo já chama a atenção

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O PIB (Produto Interno Bruto) de Portugal superou a previsão de boa parte dos analistas e apresentou um crescimento de 1,6% no trimestre, em comparação com os três últimos meses de 2022. Em relação ao mesmo período do ano anterior, a alta foi de 2,5%.

As informações foram divulgadas pelo INE (Instituto Nacional de Estatística), que destaca o papel importante "do dinamismo das exportações".

Turistas passeiam no entorno da Torre de Belém em Lisboa, capital de Portugal, onde o desempenho do PIB no 1º trimestre surpreendeu analistas
Turistas passeiam no entorno da Torre de Belém em Lisboa, capital de Portugal, onde o desempenho do PIB no 1º trimestre surpreendeu analistas - Carlos Costa/AFP

O órgão ressalta, porém, a redução da procura interna no país, com a desaceleração do consumo e diminuição do investimento.

"Este é um crescimento que demonstrou a capacidade de compensar o abrandamento da procura interna por um crescimento robusto das exportações", disse o ministro das Finanças de Portugal, Fernando Medina, salientando que os "bons resultados" estão "acima do que tínhamos esperado".

Há duas semanas, o governo português reviu as previsões de crescimento da economia lusa, que passou de 1,3% —conforme previsto no último Orçamento de Estado— para 1,8%.

O desempenho da economia portuguesa no trimestre superou a média da União Europeia e da zona euro, sendo um dos mais altos entre os países que, até a última sexta-feira (28), já haviam fornecido dados ao Eurostat, o gabinete de estatísticas da UE.

Em comparação ao primeiro trimestre de 2022, o crescimento de 2,5% do PIB português só ficou atrás do resultado da Espanha, com 3,8%, e da Irlanda, com 2,6%.

A redução no consumo e no investimento, no entanto, evidencia as dificuldades que Portugal se prepara para enfrentar de forma ainda mais acentuada em breve.

Embora em desaceleração, a inflação tem corroído o poder de compra das famílias, sobretudo no setor de energia e de alimentação.

As dificuldades no setor da habitação, com recorde de preços para aluguel e venda de imóveis em boa parte das cidades lusas, também é motivo de apreensão.

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