A cortina corre e esconde o palco.
O ator não surge para receber os aplausos.
Não há mais o ator, a plateia não aplaude.
A plateia chora convulsivamente.
Cadê o ator?
Há quem jura que viu
Um cortejo de vestais e corifeus saindo pelos fundos do Teatro
A carregar o corpo do ator.
Para o Olimpo, creio eu.
Só poderia ser.
Partiu Zé Celso.
Morte trágica como seu teatro trágico.
"Bacantes", "Ham-let", "Fédro".
Trágico tupiniquim como "Roda Viva",
"Os Sertões", "Pequenos Burgueses", "Os Inimigos".
"Na Selva da(s) Cidade(s)" plantou o "Oficina",
Concebido no ano 58, no Largo São Francisco;
Mais que uma "Ágora", mais que um Templo,
Um "Theatron"
Como o de Epidauro.
Vai Zé Celso, vai
"Gracias Señor"
Clarét, 72, é advogado e poeta.
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