Renato Terra

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internet

É possível antecipar as fake news?

Precisamos de histórias que conectem as pessoas com a ciência de modo simples e sem torná-la infantil

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O texto a seguir foi escrito por Lucas Zanandrez, Hipácia Werneck e Guilherme Ximenes, do canal Olá, Ciência!, e faz parte da campanha #ciêncianaseleições, que celebra o Mês da Ciência.

Em abril de 2020, publicamos um vídeo anunciando a ocorrência de ondas de casos de Covid-19 até pelo menos o fim de 2022. Fomos massacrados. Mas saber disso foi crucial: essa informação moldou nosso conteúdo e a vida de cada um de nós aqui do canal. O mesmo não aconteceu com a população, muito menos com o governo federal. Por que ignoraram as previsões? Bom, previsões são feitas por cientistas, aquelas pessoas desconhecidas que, junto com divulgadores de ciência, passaram a ser vistas como a turma chata do "fica em casa".

Sobre um fundo azul escuro há um recorte de jornal branco com duas formas (uma amarela e outra vermelha) com efeito de explosão. Abaixo, no mesmo recorte está desenhado o esqueleto o jornal com textos e images em linhas pretas
Ilustração publicada em 7 de julho - Débora Gonzales

Por anos, boa parte dos cientistas se enclausuram nas universidades, apartados da população. Resultado: a percepção pública da ciência foi de mal a pior. Em 2019, 88% dos brasileiros desconheciam o nome de uma instituição brasileira de pesquisa (dados do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos). Já na internet, imperam aqueles que, apoiados na autoridade de uma "ciência" falaciosa, disseminam mentiras, atraindo milhões de reais (e de votos). Os absurdos são variados, o céu é o limite: de Ratanabá à varíola de macaco causada por vacina.

Vamos deixar os charlatões ganharem espaço ou vamos ocupar a internet também?

O problema é que divulgar ciência não é só ligar a câmera e postar um vídeo. Exige pesquisa, leitura aprofundada e especialistas. E até que isso aconteça, uma nova informação falsa já está no ar. Criar fake news é fácil; desmentir é difícil e penoso.

E em tempos de eleição? Dizer que todo cuidado é pouco é ser otimista. Só vemos uma estratégia capaz de desequilibrar a balança: antecipar as fake news. Passamos um tempo acessando grupos de desinformação e entendemos como eles se organizam: a desinformação conquista porque ela seduz. Histórias envolventes, com as quais as pessoas se identificam.

Já passou da hora do lado de cá seduzir e conquistar. Por isso contamos histórias que conectam as pessoas com a ciência e simplificamos a informação sem torná-la infantil. Se funcionou com eles, vai funcionar com a gente também. Chegou a hora de a ciência ser atraente.

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