Sons da Perifa

Sons da Perifa - Jairo Malta
Jairo Malta

'Dois Lados', de Giovani Cidreira, combina ritmos afro-diaspóricos e pagodão

Nova música tem participação de Russo Passapusso, do BaianaSystem, e Melly

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São Paulo

Com musicalidade afro-diaspórica, o baiano Giovani Cidreira apresenta seu novo single "Dois Lados", com as participações de peso dos conterrâneos Russo Passapusso e Melly. Lançado pelo selo Máquina de Louco e produzido por Sekobass, a faixa é marcada pelo pop exaltando a Bahia como ponto de partida e chegada.

Imagem do clipe 'dois lados'
Giovani Cidreira, Russo Passapusso e Melly em "Dois Lados' - Foto de Pedro Soares

A letra do single é um retrato de um desejo não realizado, um desencontro amoroso, que reflete a incerteza das relações afetivas contemporâneas. As diferentes perspectivas deste dilema são apresentadas pelos intérpretes que, junto com Edvaldo Raw, são os compositores da obra. O clima ensolarado e descontraído dos ritmos afro-diaspóricos dão corpo à canção, tendo o "pagodão" como destaque nesse cenário de "sofrência" envolvente.

"Gio desenha sua obra mostrando sempre um ponto de vista diferente pelos lugares que passa. Assim foi feito o encontro de 'Dois Lados'. Ele chegou no estúdio falando de uma música, antes do dia da Lavagem de Yemanjá, no ano de 2023, e Seko já começou a produzir o beat. A letra falava de encontros. 'Por que só você não vem?' acabou virando um convite e, para minha surpresa e felicidade, ele já tinha convidado Melly. Tudo fez mais sentido", destaca Russo Passapusso.

"Que experiência massa poder colar junto com esses artistas que tanto admiro e poder complementar esse projeto com as sutilezas que enxerguei serem caminho. Só agradeço e desejo que essa faixa exploda, prospere e reverbere com a beleza dela", completa Melly.

No clipe, dirigido pelo próprio Cidreira em parceria com o já citado Edvaldo Raw, o vídeo é aberto pela cena em que duas pessoas pretas, ornadas por joias e pinturas corporais, estão na praia, destacadas do horizonte, em contraste com a massa azul do mar e o branco da areia. A imagem evoca a célebre capa do álbum de Caetano Veloso de 1987.

Verso a verso, a construção visual de "Dois Lados" faz do querer a fórmula para se encurtar distâncias, físicas e emocionais. Durante a dinâmica do registro, Cidreira , Passapusso e Melly surgem na tela, sempre em quadros separados, criando outras oposições. Quando um lado aparece, o outro aparece também.

"Vale dizer que um dos nossos objetivos é, através das ferramentas da Máquina de Louco, recriar formatos e impulsionar o material produzido de forma independente pelos artistas mais próximos e que fazem parte da cena musical baiana. Retomar os lançamentos deste ano com Cidreira, Russo e Melly é uma grande honra para o selo", destaca Beto Barreto, idealizador e fundador da Máquina de Louco.

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