Os tapetes deixam os ambientes mais aconchegantes e ajudam a delimitar espaços, além de garantir o conforto térmico. "Eles têm uma importância funcional, mas a questão principal é trazer acolhimento e transformar a casa em um lar", diz a arquiteta Leticia de Nóbrega.
Quem tem animais de estimação, muitas vezes, evita espalhar tapetes pelos cômodos, mas a especialista afirma que é possível optar por modelos mais resistentes e fáceis de serem higienizados, como os feitos de PVC ou náilon.
A seguir, veja as dicas da arquiteta para acertar na compra das peças.
Como escolher a cor e a estampa?
É interessante levar em consideração todos os elementos da decoração para decidir a cor e a estampa do tapete. Na sala da foto acima, a ideia da arquiteta Leticia de Nóbrega foi dar maior destaque para o painel ripado de madeira. Assim, ela optou por um tapete com cor muito semelhante à do piso, mas com uma textura diferente.
No ambiente da imagem acima, o tapete colorido é o item que chama mais a atenção no cômodo, que tem tonalidades mais neutras. Os tons da peça conversam bem com os do sofá e das almofadas.
Já na sala abaixo, a arquiteta quis dar personalidade ao espaço e deixar o tapete em evidência, mas sem ousar nas cores, combinando com o restante da decoração. Por isso, escolheu um modelo com estampa geométrica em preto e branco.
Qual o tapete ideal para cada cômodo?
Sala de estar
Aqui, o mais importante é prestar atenção no tamanho do tapete. Um dos principais erros é colocar na sala uma peça pequena, que ocupe um espaço menor do que a área entre o sofá e o rack. Isso dá a impressão de que o cômodo é mais apertado do que realmente é.
A recomendação é que o tapete envolva todos os móveis do ambiente que ele irá delimitar. Assim, a peça deve entrar pelo menos 20 cm debaixo do sofá —se passar do meio dele, melhor ainda. As poltronas podem ficar apenas com os pés dianteiros em cima do tapete ou totalmente inseridas dentro dele.
Sala de jantar
Nos seus projetos, a arquiteta prefere não colocar tapetes embaixo da mesa de jantar, para facilitar na hora da limpeza e também de puxar as cadeiras.
Para quem quiser usar a peça nessa situação, é interessante buscar um modelo com material mais fácil de ser higienizado, como PVC, náilon ou outro com pelo baixo.
A peça deve envolver a mesa e todas cadeiras. Para isso, as medidas do tapete devem ser, no mínimo, 60 cm maiores que a da mesa em cada um dos lados. Mas o ideal é que, ao puxar a cadeira para se sentar, ela ainda fique dentro do tapete, se for possível.
Quarto
No quarto, é importante ter tapete principalmente quando o piso é frio. Assim, a pessoa não precisa encostar o pé no chão gelado ao se levantar. Por isso, os materiais mais indicados são aqueles com toque mais macio, como o algodão.
Em cômodos amplos, a sugestão é usar um tapete grande embaixo da cama, para ajudar a delimitar o espaço que ela ocupa. A peça pode ser posicionada a partir do meio da cama, ocupando a circulação nas laterais e na frente dela.
Em quartos pequenos, o melhor seria não usar tapetes, para que eles não sejam um elemento a mais em um ambiente já apertado. Para isso, o piso não poderia ser frio —são indicados, por exemplo, o laminado, o vinílico e o de madeira. Mas, caso seja necessário ter um tapete, é possível colocar passadeiras que ocupem toda a lateral da cama.
Cozinha
Usar tapetes na cozinha é mais uma questão funcional do que estética. Então, se a pessoa gosta de ter uma peça em frente à bancada, o melhor é escolher um modelo mais discreto, de uma cor parecida com a do piso. Nesse caso, as passadeiras são boas opções.
Banheiro
Aqui, a lógica é a mesma da cozinha: melhor dar preferência a uma peça mais neutra, cuja cor não se destaque tanto em relação ao piso. Os modelos atoalhados, com fundo emborrachado, são ideais.
Na galeria a seguir, veja mais fotos de projetos da arquiteta Leticia de Nóbrega.
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