Alvaro Costa e Silva

Jornalista, atuou como repórter e editor. É autor de "Dicionário Amoroso do Rio de Janeiro".

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Alvaro Costa e Silva

Ferramentas de performance

Enquanto o coaching avança, faculdades de filosofia e sociologia terão menos investimento

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Em fevereiro, a coisa ficou perigosa: uma palestra motivacional fez tremer o último andar de um prédio em Santo André. Aconteceu quando o palestrante pediu que cerca de 50 pessoas, ao mesmo tempo, pulassem e batessem os pés no chão. O Corpo de Bombeiros foi chamado e o prédio, evacuado.

Reportagem de Fernanda Reis nesta Folha mostrou que uma empresária americana radicada no Brasil criou um curso online, que conta com mais de 1 milhão de cadastrados, para fisgar marido rico. A jogada não é nova —quem se lembra do filme “Como Agarrar um Milionário”, de 1953, com Lauren Bacall, Betty Grable e Marilyn Monroe?—, mas agora mudou de nome: trata-se de relacionamento do tipo “sugar”, em que uma pessoa cheia da grana (“sugar daddy”) encontra outra que não quer pagar suas contas (“sugar baby”).

Eis que de repente surgiram os cartazes: “Coach para bebês. Desbloqueie todo o potencial de seu filho com o mais renomado baby coach de toda a América Latina! Só para bebês de 2 até 27 meses. Favor não insistir”.

Um cidadão resolveu reagir. Pretende criminalizar o coaching, por considerá-lo charlatanismo. A ideia está registrada na plataforma de participação popular do Senado e, se alcançar 20 mil assinaturas, será encaminhada para a Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa. 

Em seu site, a Sociedade Latino-Americana de Coaching explica o que é a profissão: “Coach é o profissional que utiliza as ferramentas presentes na metodologia de desenvolvimento e maximização de performance humana, conhecida como coaching. O papel do coaching é apoiar o cliente (coachee) durante o processo de coaching para que possa alcançar as metas determinadas por ele, desde o início do projeto”. 

Não entendi patavinas, mas acho o método semelhante ao do astrólogo que manda o governo “descentralizar investimentos” em faculdades de filosofia e sociologia

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