Ana Fontes

É empreendedora social e fundadora da RME (Rede Mulher Empreendedora). Vice-presidente do Conselho do Pacto Global da ONU Brasil e membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável da Presidência da República

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Mesmo a cabeleireira também é empreendedora

Nós mulheres enfrentamos barreiras sociais que nos fazem subestimar a importância de nossos negócios

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O empreendedorismo feminino tem sido uma força vital, impulsionando a economia e contribuindo para o crescimento global. No entanto, muitas mulheres que desempenham papéis empreendedores enfrentam desafios significativos ao se reconhecerem como tal. No texto de hoje, exploro as complexidades que envolvem a autoidentificação das mulheres como empreendedoras, destacando como essas dificuldades podem afetar a valorização de seu trabalho, produto ou serviço.

Sabemos que a sociedade muitas vezes molda a visão das mulheres sobre empreendedorismo, influenciando como elas se veem profissionalmente. Enquanto homens são frequentemente encorajados a assumirem riscos e se auto denominarem empreendedores, nós podemos enfrentar barreiras sociais que nos fazem subestimar a importância de nossos negócios.

Tintura de cabelo
Mulheres que prestam serviços, como cabeleireiras, muitas vezes não se veem como empreendedoras - Kolotype/Adobe Stock

Mulheres que prestam serviços, como cabeleireiras ou instrutoras, muitas vezes não se enxergam como empreendedoras, o que pode resultar em uma subvalorização de seu trabalho. A falta de reconhecimento pode fazer com que você subestime o preços de seus serviços, prejudicando a sustentabilidade financeira de seus negócios.

É comum observar homens se autodenominando empreendedores com facilidade. No entanto, quando se trata do sexo oposto desempenhando papéis semelhantes podemos hesitar em assumir essa identidade, o que pode afetar diretamente a percepção do nosso próprio valor.

A resistência em se reconhecer como empreendedora contribui para a perpetuação de desigualdades de gênero nos negócios. A falta de confiança na própria capacidade empreendedora pode limitar o acesso das mulheres a recursos, oportunidades e redes profissionais, mantendo-as em desvantagem na busca pelo sucesso.

Considerando a temática da resistência, conforme indicado pela mais recente pesquisa conduzida pelo Instituto Rede Mulher Empreendedora, constatou-se que 6 em cada 10 mulheres empreendedoras acreditam ter menos oportunidades do que os homens no âmbito do empreendedorismo.

  • Estereótipos de gênero: a sociedade ainda associa as mulheres a papéis domésticos e de cuidado, enquanto os homens são vistos como líderes e provedores. Isso leva as mulheres a subestimar suas habilidades e capacidades como empreendedoras.

O desafio que enfrentamos ao nos reconhecer como empreendedoras vai além do profissional. É uma questão social que impacta a sociedade como um todo. Valorizar e incentivar a autodenominação feminina como empreendedoras é crucial para criar um ambiente empreendedor mais inclusivo e igualitário. Ao superar essas dificuldades, nós mulheres podemos não apenas elevar nossas carreiras, mas também inspirar futuras gerações a abraçarem plenamente seu potencial empreendedor.

O gênero feminino tem um papel fundamental a desempenhar no mundo dos negócios. Aceitar-se como empreendedora é o primeiro passo para que possamos valorizar nosso trabalho, aproveitar oportunidades de crescimento e contribuir para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

Lembre-se:

  • Você é uma empreendedora! Se você tem um negócio, você está criando algo, gerando renda e contribuindo para a economia;
  • Seu trabalho é valioso! Não subestime o valor do que você oferece;
  • Você não está sozinha! Existem muitas outras empreendedoras que podem te apoiar e te ajudar a ter sucesso;

O autorreconhecimento como empreendedora é crucial para o sucesso das mulheres no mundo dos negócios. Ao superar os desafios e abraçar o potencial, nós podemos construir carreiras gratificantes e contribuir para a criação de um mundo mais equitativo. Lembre-se: seu trabalho é valioso! Não subestime o valor do que você oferece.

Como parte da iniciativa Todas, a Folha presenteia mulheres com dois meses de assinatura digital grátis

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